Foi ontem. Em Portugal houve no Porto, em Coimbra e em Lisboa.
Partimos do Marquês por volta das 18h45 (nessa altura alguém contou 35 pessoas). Desde o início contámos com a companhia da jornalista Carla Castelo e de um cameraman (não apanhei o nome), que participaram na MC até à chegada ao Rossio.
Infelizmente não tínhamos connosco os Footsies nem o guiador extra, teriam dado jeito. 🙂
Descemos a Av. da Liberdade, e seguimos pela R. do Ouro (?), depois virámos à esquerda e voltámos para cima, onde parámos um bocado na Praça da Figueira, e alguém tirou umas fotos do grupo. Depois arrancámos de novo e percorremos a Av. Almirante Reis até cá acima a uma rotunda, na Praça do Areeiro. Aí tirámos mais umas fotos e arrumámos as 25 bicicletas + 1 triciclo lado a lado para ver o espaço que ocupavam:
Menos de 2 carros de 5 pessoas. 🙂
Houve um jogger que acompanhou a filha de 7 anos que seguiu de bicicleta, a partir da Praça da Figueira. E mais outra jovem participante de 8 anos, acompanhada pela mãe, que fez toda a Bicicletada. 🙂
Numa volta à tal rotunda do final, um carro da polícia abordou as pessoas que seguiam à frente, disse que tinham recebido uma chamada de alguém a dizer que “havia bicicletas a circular na via pública” e que tiveram que ir ver o que se passava. A minha resposta óbvia seria “so what, é lá que elas devem circular”. Os agentes disseram depois que tinham que ver se estavam todos sinalizados, e perguntou pelos coletes (ao que um participante respondeu que não eram obrigatórios). Será que se eu ligar cada vez que encontro um carro estacionado no passeio e noutros locais ilegais eles vão ver o que se passa?…
A conjugação espaço-temporal do BiciCamp com a Cicloficina ajudou a dinamizar esta última, acolhendo as pessoas à medida que iam chegando, e servindo de antecâmara para a desconferência. Podem ler um relato desta segunda e última sessão de 2008 no blog do projecto.
Foi giro estar pessoalmente com algumas pessoas que nos habituamos a encontrar em listas de e-mail, rever pessoas que vimos anteriormente em Bicicletadas, consolidar algumas associações nome-rosto, ver pessoas novas a aparecer… 🙂
Podem espreitar algumas fotos que tirei durante a Cicloficina, disponíveis aqui.
Foi uma oportunidade de distribuir alguns autocolantes “menos um carro” que o Bruno tinha mandado fazer depois de se falar nisso na lista da MC, aqui há uns tempos atrás.
O Gugas, o mais novo participante destes dois eventos, encarregou-se de colocar um nas costas da sua cadeirinha, na bicicleta do pai. 🙂
O BiciCamp começou cerca de 45 min mais tarde do que o previsto. Tal teve a ver com o facto de a Cicloficina se ter arrastado um pouco mais também (as pessoas chegavam para a desconferência e no meio da conversa, ah, já agora, via-se este problemazito aqui ou ali), e com o facto de termos a cave, além do corredor de entrada, ocupados com sacos de lixo de um evento qualquer anterior. 🙁 Era aí que prevíamos conseguir arrumar algumas das bicicletas dos participantes, pelo que gerir a situação foi mais moroso do que o inicialmente planeado. O Ricardo foi quem cuidou destas questões de logística e de comunicação com a Crew Hassan, além de também ajudar na Cicloficina. Outro problema foi lanchar, esperávamos ter o bar aberto pelas 17h mas foi só mais tarde, pelo que alguns de nós fomos comer qualquer coisa a um café em frente (temos pena, mas sem comida no estômago, não há banana para ninguém).
Acho que na próxima edição nada disto se repetirá, aquele dia foi “anormal” na Crew Hassan, por causa do evento Natal Social que decorreu também nessa noite, e a experiência desta primeira desconferência também permitirá melhorar as subsequentes.
Tirei poucas fotos, e ficaram mázinhas, mas é o que se arranja. Estão aqui.
Durante a Cicloficina, e durante o BiciCamp, senti-me mesmo contente com aquilo. Uma sensação de comunidade que só me lembro de sentir no “Um dia por Lisboa” a que assisti há tempos. 🙂
Quanto ao tema que propus, o Código da Estrada, não tive oportunidade de apresentar e discutir com os aderentes ao grupo mais que 20-25 % do mesmo, nem deu para aquecer :-P, mas valeu a pena pelo input mesmo assim. Espero continuar na próxima desconferência, porque interessa-me obter feedback de outras pessoas, e ter acesso a diferentes perspectivas para afinar as minhas impressões e opiniões, e consolidar um conjunto de propostas de alteração ao CE.
Gostei do formato da desconferência. Fiz a minha apresentação com um slideshow a passar no portátil, apoiado numa cadeira ao meu lado, que me ia indicando o caminho e que servia de apoio ao que eu ia dizendo, mas diferiu de uma apresentação convencional porque a conversa ia fluindo, em vez de ser relegada para o final. A consequência foi que muito ficou por apresentar, mas o mais importante é que aquilo que foi apresentado foi discutido e não ficou “para a próxima”. Gostei do contexto, com todos sentados no chão em roda, ao mesmo nível e próximos como numa conversa de coffee break. Apesar da timidez e inibição social que me são intrínsecas e com as quais me debato sempre em situações destas, aquele contexto permitiu-me sentir-me à vontade e não-intimidada. 🙂 Algo que não aconteceria num evento mais convencional.
Estou muito contente por termos arriscado o formato da desconferência, por termos avançado com o evento mesmo on short notice, e estou ainda mais contente por ter visto interesse por parte de tantas pessoas. 🙂 Vamos ver se conseguimos ir mantendo as coisas a mexer e a avançar! 😉
Fomos para Lx de bicicleta (com boleia do comboio entre Paço de Arcos e o Cais do Sodré), onde as Xtracycle deram um jeitão para transportar o quadro branco, o flipchart, as ferramentas, etc, para a Cicloficina e para a desconferência.
Apanhámos o comboio de volta à meia-noite, depois de jantarmos e darmos mais dois dedos de conversa na Crew Hassan. Pedalar de volta para casa, àquela hora, foi fixe. Já sabem que adoro pedalar de noite, é uma paz, foi o final de dia perfeito. 🙂
A discussão dos Temas do 1º BiciCamp continua no wiki, que foi entretanto ligeiramente reformulado para evoluir com o desenrolar dos acontecimentos. E a 2ª edição está já prevista para dia 18 de Janeiro, também a seguir à Cicloficina, e prevê-se que seja uma continuação da 1ª, com os mesmos temas, provavelmente.
Há várias questões a ponderar ao implementar uma infraestrutura de estacionamento de bicicletas. É por desconhecimento, negligência ou simples desvalorização dos utentes deste serviço que a oferta disponível (quando a há) é tão má. Aproveito algumas fotos que tirei em alguns grandes centros comerciais privados com lugares de estacionamento para bicicletas no parque subterrâneo/coberto, para apontar algumas questões básicas. Quanto às racks, há várias coisas a considerar, mas vou só abordar as mais imediatas, até porque não tive a oportunidade de as testar convenientemente:
Oeiras Parque
Sinalização de acesso: não-específica Sinalização de identificação: boa Tarifa: gratuito Iluminação: insuficiente Localização: acessibilidade – não avaliada; segurança: videovigilância mas sem luz, longe de zonas de passagem, facilmente visível e acessível da rua Racks: não permitem prender o quadro com um U-lock, 1 só ponto de apoio, (distância entre slots não avaliada). A substituir, transferindo estas para outro estacionamento (a criar) à superfície, mesmo junto à porta principal e/ou do Continente. É aqui que costumo estacionar, e não sou a única.
Divulgação: não são discriminados os lugares de estacionamento para bicicletas (nem para motos) no site. Nada fora ou dentro do centro comercial publicita as infraestruturas de estacionamento para bicicletas.
Colombo
Sinalização de acesso: não-específica Sinalização de identificação: inexistente Tarifa: gratuito Iluminação:boa Localização: acessibilidade – não avaliada; segurança: não avaliada Racks: não permitem prender o quadro com um U-lock, 1 só ponto de apoio, tipo dobra-rodas, (distância entre slots não avaliada). A substituir, transferindo estas para outro estacionamento (a criar) à superfície, junto às portas secundárias, para apoio às lojas e serviços virados para a rua (estacionamento de curta-duração e/ou sob vigilância directa do ciclista). Divulgação: não são mencionados os lugares de estacionamento para bicicletas (nem para motos, nem para carros) no site. Nada fora ou dentro do centro comercial publicita as infraestruturas de estacionamento para bicicletas.
Alegro
Sinalização de acesso: não-específica Sinalização de identificação: boa Tarifa: gratuito Iluminação:boa Localização: acessibilidade – boa; segurança: boa (mas melhorável) Racks: não permitem prender o quadro com um U-lock, 1 só ponto de apoio, tipo dobra-rodas, (distância entre slots não avaliada). A substituir, transferindo estas para outro estacionamento (a criar) à superfície, junto às portas de entrada (? não conheço assim tão bem este CC) (estacionamento de curta-duração e/ou sob vigilância directa do ciclista). Divulgação: não são mencionados os lugares de estacionamento para bicicletas (nem para motos, nem para carros) no site. Nada fora ou dentro do centro comercial publicita as infraestruturas de estacionamento para bicicletas.
Há tempos fomos para aquelas bandas, de bicicleta, à procura da famigerada Byblos (entretanto falida). Pensava que era mesmo nas Amoreiras, mas afinal era mais abaixo. Aproveitámos a oportunidade para ver os tais novos lugares para bicicletas que a senhora anunciou.
Primeira hesitação: à entrada do parque de estacionamento subterrâneo nada indicava que havia lugares disponíveis para bicicletas, nem qual o acesso aos mesmos. Tinha cancelas, e estava sinalizado proibindo a circulação de peões (que é o que somos com a bicicleta pela mão). O Bruno ficou cá fora e eu desci a pé e fui perguntar. Lá descobri aquilo, voltei, e voltámos a entrar, com as bicicletas.
A localização está óptima, a seguir às motas, mesmo debaixo do nariz do segurança, boa iluminação.
E a zona está sinalizada.
Contudo os suportes são maus. Não suportam bem a roda, estão muito próximos uns dos outros (os guiadores entram em conflito em bicicletas arrumadas em slots consecutivas) e não permitem prender o quadro.
O que fizemos foi estacionar as 2 bicicletas lado a lado e fora das slots (ambas têm apoio de descanso), e prendê-las (com autorização do segurança) com o U lock a uma grade que ali estava mesmo a jeito.
Recomendações a fazer a seguir:
Sinalizar acessos para ciclistas. Indicar lotação e tarifas (neste caso, gratuito). Substituir racks. Referir a oferta de bike racks na secção relevante no site do centro comercial.
Mais algum activista de sofá por aí? É tipo estafetas. 😛
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