Novo projecto colaborativo: Velocípedes e a Multimodalidade em Portugal

Chateia-me solenemente não poder viajar de bicicleta pelo país em regime de co-modalidade com o comboio. Parece-me uma combinação perfeita mas a CP parece viver na Idade das Trevas e não consegue ver o potencial da coisa. Por isso há que fazer lobby para que esse potencial seja percebido e explorado, servindo assim os ciclistas, um grupo actualmente desprezado nas ligações de longo curso, e apenas tolerado nas urbanas.

Ora, para fazer lobby temos que saber do que raio estamos a falar, pelo que a compilação do estado actual de coisas deverá ser, a meu ver o primeiro passo. Como tal, perdi umas horas valentes a dar o pontapé de saída disto:

Velocípedes e a Multimodalidade em Portugal

Não respeita apenas às bicicletas & comboios, mas tem a ambição de incluir todos os meios e operadores de transporte (epá, se é pra fazer, aim for great! :-P). Comecei com a CP.

Convido quem tenha experiência com outros meios de transporte e operadores, nomeadamente de outras zonas do país que não Lisboa, a contribuir para o projecto. Funciona num wiki, aberto, não requer sequer
registo. É só editar. 🙂

Penso que esta compilação poderá constituir-se um recurso em si mesma (muitas vezes as pessoas não sabem quais as condições que se aplicam ou onde procurar essa info), mas poderá ser uma óptima base de trabalho de actuais e futuras campanhas de advocacy na área, permitindo detectar os inconsistências e descontinuidades nas redes, as boas práticas, etc, etc, e definir melhor as prioridades e o modo de acção.

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The Art Of Utility Cycling – Resumee

The Art Of Utility Cycling – Resumee. Originally uploaded by Amsterdamize.

Lindo!! 😀

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Razões para passar sinais vermelhos, em bicicleta

Um exemplo, num semáforo junto às Docas de Alcântara.

P.S.: Eu quase nunca passo sinais vermelhos de bicicleta, apenas porque me sinto responsável por transmitir uma imagem dos ciclistas, um grupo minoritário, o mais positiva possível. Mas cada vez reconheço mais situações em que as regras de trânsito actuais estão desfazadas das características e condicionantes do trânsito de bicicletas. Este é um exemplo.

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6ª-feira e domingo com bicicleta

Hoje é dia de Massa Crítica. Peguem na bicicleta e apareçam no Marquês, em Lisboa, até às 18h30, hora do arranque.

Cartaz Massa Crítica

A Massa Crítica, para quem não sabe, é uma volta pela cidade, à tradicional hora de ponta da última 6ª-feira de cada mês, em bicicleta (ou outros veículos movidos a energia humana), com carácter de celebração do uso da bicicleta. Não pretende ser de antagonização dos outros utentes da estrada, nem pretende ser anti-carro, é apenas pró-bicicleta (e andar a pé e de transportes públicos…). Apenas procura mostrar que a bicicleta é uma opção interessante, válida, divertida, amiga do ambiente, convivial, agradável e ao alcance de muita gente.

A Massa Crítica é aquilo que quem nela participa fizer dela, em cada edição. Se só aparecerem crianças a imagem que passará será a de um evento infantil, se só aparecerem betos, será uma cena de betos, se só aparecerem hippies será um evento hippie, etc. Se só aparecerem pessoas numa mentalidade de confrontação e anti-carro, será essa a vibe dessa bicicletada. Por isso é importante participar, quanto mais diversa e heterogéna for a Massa Crítica mais eficaz será em transmitir a ideia de que a bicicleta é para todos. Não há percursos pré-definidos, tudo é decidido na hora. É como se fosse um grupo a ir de carro para um casamento, por exemplo. Não é desporto, nem sequer é uma manifestação política tradicional. É apenas um grupo de pessoas a deslocar-se para um sítio, de bicicleta.

E no Domingo há uma Alleycat Race em Lisboa! É uma espécie de peddy-paper em bicicleta.

Alleycat Race Lisboa

E a Cicloficina de Junho coincidirá parcialmente com a corrida (foi adiada justamente para isso, pois vai ser um dos checkpoints da Alleycat).

Logótipo Cicloficina Lisboa

Na Cicloficina é possível obter alguma ajuda a resolver pequenos problemas na bicicleta (afinar travões e mudanças, apertar parafusos, montar peças ou acessórios, etc), e aprender a fazê-lo.

Não vou poder ir à MC hoje :-(, mas estarei na Alleycat Race, visto eu e o Bruno (que estará na Cicloficina) estarmos a ajudar o Ricardo na organização.

Divulguem estes eventos ciclo-culturais, participem e levem amigos! 😉

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Apostasia

Há uns anos ouvi falar disto e fiquei logo interessada. Mais pelo aspecto simbólico, mas também pelo aspecto prático:

Apostasia para efeitos Legais

O apóstata pode pedir formalmente para ser retirado dos registros da religião em causa deixando assim de ser contabilizado para todos os efeitos legais, o que acontecia no caso de religiões cristãs em consequência do acto de baptismo sobre o qual ele não teve (na maioria dos casos) qualquer intervenção consciente. Esta vertente “legal” da apostasia é relevante mesmo em países com separação formal entre o estado e a religião, tendo em conta que muitas decisões políticas em relação às religiões são feitas de acordo com as estatísticas de pessoas registadas e não com o número de pessoas que efectivamente a praticam.

Há umas semanas voltei a ouvir falar do processo, e quando tiver espaço mental e temporal vou tratar disto, sem falta.

Nesta área, outra coisa a tratar é fazer-me associada da AAP.

Por outro lado, sou Madrinha de uma cachopa, já tive que representar o papel na 1ª Comunhão, e acho que ainda vou ter que suportar o Crisma. Na altura do convite (uma pessoa próxima) ainda tentei explicar que sou ateia e tal, mas de nada serviu, e só mostrou a fantochada que estas coisas são para a maior parte das pessoas que continuam a seguir vagamente estes rituais (baptismo e afins, casamento, funeral). No entanto, exceptuando os 3 primeiros, cumpro melhor os 10 Mandamentos da Moral Católica do que muitos pretensos católicos que eu conheço. 😛 Aliás, a minha categoria favorita de católicos são os chamados “não-praticantes”. É como dizer que são Benfiquistas mas depois nos jogos ora torcem pelo Sporting, ora Pelo Porto, ora pelo Benfica, conforme apetece. 😛

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