Semana Europeia da Mobilidade

Amanhã há Park(ing) Day e Lisboa tem um spot! Cortesia da Abraço. “Crescei e multiplicai-vos”, pleeeease.

PARK(ing) Day: User-Generated Urbanism from Brandon Bloch on Vimeo.

Almada, como sempre, tem uma semana cheia de actividades, vejam o programa aqui e aqui.

Domingo de manhã há Marginal Sem Carros, outro evento imperdível, para um pouco de desfrute da nossa costa sem o ruído, fumos e ameaça dos carros.

E Domingo à tarde há Cicloficina em Lisboa!

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Tiro ao lado, EMEL

Já sabem aquela da EMEL ir disponibilizar bicicletas para os seus clientes de avença poderem alugar? Não, ainda não está no site deles, têm mesmo que se basear nos press releases

À partida parece uma iniciativa em prol da mobilidade sustentável, incentivar as pessoas a deixar o carro no parque e a pedalar o resto do caminho, muito pró-bicicleta, modernista e tal.

Mas depois de pensar um bocadinho, a tentar analisar a lógica (ou falta dela) do “incentivo”, apercebi-me de que estava a analisar a coisa errada, no fundo.

A EMEL é a “Empresa Pública Municipal de Estacionamento de Lisboa”, notem que é de “estacionamento” e não de “estacionamento automóvel”. Aliás, essa abrangência está patente na missão da empresa:

(…)tem como objecto a gestão da concessão do estacionamento público no Município de Lisboa, estacionamento esse integrado no sistema global de mobilidade e acessibilidades definidos pela Câmara Municipal de Lisboa.

A construção, gestão, exploração e manutenção de locais de estacionamento público, bem como a elaboração e promoção de estudos e projectos de parques de estacionamento, mobilidade e acessibilidade urbana são algumas das principais áreas de que a EMEL se tem ocupado para melhorar a qualidade de vida dos Lisboetas.

E também na declaração do “responsável dos novos produtos”:

O “B’ina” cumpre um dos objectivos estratégicos da empresa: «proporcionar um conjunto de medidas, acções e produtos condizentes com a mobilidade sustentável, que ajudem a melhorar a qualidade do ambiente e a diminuir a circulação automóvel em Lisboa», explica Sérgio Azevedo.

E eu pergunto: onde estão os lugares para bicicletas nos parques de estacionamento da EMEL?

Enquanto não temos “bike stations”, estes parques são o que de mais parecido poderíamos ter. Bastava abdicar de 1 lugar de automóvel para poder acomodar 10 a 20 bicicletas (há sistemas de parqueamento de 2 andares). Para estacionamento de longa duração (tipo, para quem vai de bicicleta para o trabalho ou para a escola), a possibilidade de ter a bicicleta num sítio coberto, de acesso limitado, vigiado, com um suporte adequado, etc, é um incentivo importante. Mesmo que fosse pago (que acho que não deveria ser até cada parque exceder as 40 bicicletas de procura), o valor justo seria baixo o suficiente para não ser um desincentivo (1/10 a 1/20 do preço por automóvel, ou menos, dado que as bicicletas não degradam as instalações como os carros).

Uma pessoa é forçada a concluir que ou a EMEL resolveu fazer um pouco de greenwashing automóvel mandando uns press releases a agitar umas bicicletas no ar, ou são bem intencionados mas completamente clueless, coitados (e não é por nunca ninguém lhes ter dado mais ideias)…

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Fontes de energia

Na minha factura doméstica da luz aparece um gráfico a indicar as fontes de energia eléctrica usadas. A electricidade que consumi em Maio tem origem (valores arredondados):

eólica – 32 %
gás natural – 20 %
hídrica – 21 %
co-geração e microprodução – 14 %
carvão – 4.3 %
nuclear – 3.6 %
outras – 5 %

O que é que uma pessoa faz se quiser, enquanto consumidor, privilegiar um fornecedor de energia eléctrica “limpa”? Como é que eu posso consumir apenas electricidade proveniente de fontes eólicas, de micro-produção e de co-geração (sem ter que me tornar um micro-produtor de energia)? Não quero consumir gás natural, nem carvão nem energia nuclear…

Vi há dias este documentário, Gasland, e fiquei horrorizada. Obviamente que podemos andar aqui a brincar ao greenwashing dos automóveis e a torná-los híbridos ou mesmo eléctricos, mas isso não é a solução. Precisamos de fazer um downsizing brutal ao nosso consumo de energia e isso implica mudar muita coisa no nosso estilo de vida, no desenho e organização das nossas cidades, na nossa indústria, e no quadro económico/legislativo/fiscal. E para que isso não tenha que equivaler a um downgrade, as alterações terão que ser fundamentalmente nos cidadãos, para que ainda haja energia para as coisas essenciais (transporte de mercadorias, fabrico de bens de consumo, etc), ÁGUA, terra, etc, sem que estas se tornem insuportavelmente caras só para que o zé médio e a maria representativa possam fazer 40 ou 50 Km por dia sozinhos num carro de 5 lugares + bagagem.

Para quem não conseguir obter o doc todo, aqui fica um glimpse:

Watch the full episode. See more NOW on PBS.

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Massa Crítica de Julho em Lisboa

Massa Crítica de Lisboa - Julho 2010 Massa Crítica de Lisboa - Julho 2010

A minha 1ª Massa Crítica em Lisboa já como munícipe! Agora sou mesmo “lisboeta”, nasci aqui e moro aqui. 😛 Uns 10 min para chegar ao Marquês e uns 30 min para regressar a casa. Em vez de 60 e 90 min, praí, respectivamente, que levava quando vivia em Porto Salvo, Oeiras.

Massa Crítica de Lisboa - Julho 2010

Quanto mais ando de bicicleta por Lisboa mais me apercebo do grave problema de manutenção do piso das ruas e estradas da cidade. Este é um problema sério em termos de segurança e conforto dos ciclistas que não têm na bicicleta a estabilidade e a suspensão de que desfrutam num carro. Os automóveis suportam (a nível de segurança, conforto e velocidade) um nível de degradação do piso muito maior que as bicicletas.

Mas adiante. Éramos cerca de 35 pessoas, mais ou menos. Havia uns estrangeiros, umas pessoas com crianças em caderinhas, umas caras conhecidas e outras nem por isso. Foi um passeio tranquilo e pacífico que terminou no renovado e mui agradável miradouro Botto Machado.

Miradouro

O resto das fotos aqui.

Em Agosto há mais!

Chillin'

Como nota à parte, foi com muito prazer que reparei que, na caravana ciclista para Sines, onde estavam alguns Massacritiqueiros lisboetas que terão ido também engrossar a Massa Crítica de Sines com o pretexto de irem a um festival ;-), estava a primeira longtail DIY que vi em Portugal! 😀 Uma excelente aplicação das bicicletas do Lisboa Bike Tour. 😛

Caravana Ciclista para Sines - Melão em Azeitão

Recentemente soube também de um projecto similar do brasileiro Luís Franz. 🙂 Talvez adoptar a expressão “cauda longa” seja mesmo a melhor opção para traduzir “longtail“.

Para outros eventuais adeptos do faça-você-mesmo interessados em construir uma bicicleta de cauda longa, podem começar por este tutorial.

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Heróis quotidianos

lololol

[via]

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