[Ainda estou doente. Já me passou a cena da febre, arrepios, dores de cabeça, etc, mas continuo com uma tosse do catano! 🙁 Era fixe que conseguisse dar conta dela durante o dia de hoje, a ver se amanhã já conseguia sair de casa… Precisava de tentar arranjar alguma roupita nos saldos. Estou aqui fechada desde 3ª-feira à noite. Por um lado sabe bem, porque dizem que lá fora está frio comó caraças! 😛 Mas é chato ficar sempre no mesmo sítio. E não poder andar de bicicleta.]
Estou a precisar de arranjar mais equipamento para conseguir andar ao frio e à chuva com conforto e sem demasiadas hassles. Preciso principalmente de umas boas luvas, quentes e impermeáveis (digo-vos, andar à chuva e sentir as mãos ensopadas e geladas é mesmo muito mauzinho). Também quero comprar um gorro daqueles que tapam as orelhas, e a testa, para conjugar com cachecóis, balaclavas e semi-balaclavas, conforme a situação. Mas aproveito e faço o ponto da situação.
No Inverno passado o meu equipamento era este:
[a foto tem notas, se a virem na página no Flickr]
Óculos
Os que aparecem nesta foto foram os meus primeiros óculos “para andar de bicicleta”. Eram fixes porque tapavam bem os olhos (não entrava facilmente vento frio, pó, etc), mas andar sempre a mudar entre as 3 lentes (noite, chuva e sol) era chato, e tinha que andar com o estojo atrás com as outras lentes. Mas entretanto partiram-se (com tanto clip on, clip off das várias lentes, provavelmente). This is how I looked with them on.
Comprei depois uns iguais aos do Bruno, que teriam a vantagem de ter umas lentes cuja coloração se ajustava automaticamente às condições de luminosidade, dispensado aquela treta de andar a mudar de lentes para andar à noite ou de dia. Não são maus, mas comparando a capacidade de “isolar” os olhos do vento ficam a perder relativamente aos primeiros.
Depois o Bruno lá encomendou outros não sei onde, uns tipo “de laboratório”. Bom, estes são mesmo transparentes, para usar à noite, não servem de óculos de sol, pelo que os outros ainda estão a uso. Estes são mesmo muito fixes, protegem muito bem os olhos. E como não têm aquela borracha nos apoios, dá para os pôr e tirar só com uma mão, com os outros não dá, a borracha prende na pele, no cabelo…
Estes dois em uso actualmente, em imagens:
Os óculos são, para mim, acessórios quase indispensáveis, para conforto e segurança. Conforto por causa do sol, do vento, do pó, do frio, segurança por causa dissso tudo também. É do caraças quando vamos a abrir e nos entra um bicho qualquer ou outra porcaria para os olhos, podemos atrapalhar-nos e espetarmo-nos. Os óculos são tão mais importantes quanto maior a velocidade a que vamos e quanto maior a complexidade do meio em que navegamos.
Balaclava
Esta balaclava é de seda, e fez parte de um conjunto de cenas que o Bruno me ofereceu há tempos. A única experiência prévia parecida era com uma semi-balaclava num material mais grosso (também na foto), e por isso mais quente mas também menos respirável, o que levava a que se verificasse muita condensação por causa da respiração, tornava-se desagradável, os óculos embaciavam mais facilmente, etc. Esta semi-balaclava até é do Bruno, mas agora tem estado comigo, emprestadada, parece. 😛 Mas não a uso como balaclava, mas apenas como uma espécie de cachecol, quando está frio, pois funciona melhor que um cachecol propriamente dito. A balaclava de seda não tenho usado muito, não tem sido necessário, por diversos motivos. Mas é um acessório muito útil e funciona muito bem (não deixa o frio de fora, mas serve de corta-vento, o que ajuda bastante, e não restringe os movimentos da cabeça nem tem o problema da condensação).
Um problema com as balaclavas é que se não usarmos mais nada por cima (capacete, gorro, chapéu) ficamos com um aspecto esquisito, tipo ninja. 😛
Estes acessórios não são essenciais, mas se não temos tendências masoquistas relativamente ao clima, é um add-on interessante.
Prende-calças
Dependendo da roupa, dos sapatos e da situação, ou uso uns de plástico tipo clips, ou uso os da foto, ajustáveis com velcro (e retroflectores). Se tiver umas botas mais gordas os clips não dão conta do recado, por exemplo. Uso em ambas as pernas porque à direita tenho a corrente e à esquerda tenho a bottom bracket onde as calças ficam com óleo na bainha se esta calha a tocar lá.
Este acessório é praticamente essencial (na maior parte das bicicletas em PT, que não têm protecção da corrente), a não ser que gostemos de sujar ou rasgar roupa. Mas há opções de emergência, ou mais baratas: enrolar as calças para cima (convém ter boas meias no Inverno!!), ou prendê-las dentro das meias ou sapatos.
Luvas
Eu tenho dois pares de luvas, umas sem dedos para o Verão, outras mais quentinhas para o Inverno. Contudo, e como referi no início, para a chuva não prestam, pois não são impermeáveis. E bem que podiam ser mais quentes, pelo que assim que encontrar umas que me resolvam estes 2 problemas, compro-as. Eu já tenho sempre as mão frias de qualquer modo, imaginem na rua ao frio e em velocidade… Uma cena fixe destas luvas é que têm uns elementos reflectores, o que ajuda a tornar a sinalização mais visível.
Se não for pelo conforto, pela segurança: mãos e dedos gelados não respondem tão rapidamente caso seja precisar travar de repente!
Casaco
O casaco da foto é um corta-vento, impermeável (ou será só resistente à água?), respirável, e reflector. É mesmo para andar de bicicleta, pois atrás é mais comprido para nos tapar o rabo. É fininho e confortável, mas o facto de não ter um capuz deixa-nos na mão quando começa a chover. 🙁 Eu costumava usá-lo sempre nas noites frias, com qualquer coisa quente mas não muito abafada por baixo. Ultimamente não o tenho usado quase nunca, não se proporciona.
O resultado final com estas cenas era este:
O capacete dá jeito para manter a cabeça mais quentinha (com a balcaclava por baixo) e para segurar o espelho. 🙂
Só neste Inverno (2008/2009) é que comecei a não ser lame e a usar a bicicleta mesmo quando está de chuva (embora continue a evitar os dilúvios sempre que posso). Para isso uso as minhas novas RainMates, uma espécie de tapa-calças com a opção de ser só até aos joelhos ou ir mesmo até aos pés. São uma evolução das RainLegs (só até aos joelhos). Nunca experimentei umas calças impermeáveis completas, cheguei a experimentar umas na Decathlon mas aquilo era inusável (os baixinhos, então, estão lixados neste sector). O que me atrai nas RainMates e que umas calças completas não me poderiam oferecer, é a facilidade de as pôr e tirar. Num instante tiro aquilo no meio da rua sem parecer que me estou a despir. 😛 Só quando arranjar umas calças decentes é que poderei fazer uma comparação mais séria, contudo, a não ser para deslocações mais longas e/ou com mais chuva que possa precisar de fazer, as RainMates funcionam bem comigo para o meu tipo de deslocações actual.
Nas primeiras vezes que as usei fotografei o setup:
Não notei o efeito em mim, infelizmente, mas as do Bruno dão-lhe um sex-appeal especial, assim pretas e justas, parecem calças de cabedal, parece um ninja, um motard, ou um Michael Night. 😛
Na bike:
Só me apercebi de ter ficado com as calças sujas na primeira vez que as usei, numa das pernas, atrás, entre o calcanhar e quase até à dobra do joelho, tinha várias pintas de água suja. As calças eram beje, pelo que se notava (nas outras calças pode acontecer mas torna-se imperceptível). Contudo, e dado que me falta o pára-lamas traseiro na Xtracycle, o problema é quase de certeza derivado disso e não das RainMates.
Aliás, o pára-lamas está encomendado e é a peça em falta fundamental para a bicicleta ser usável no Inverno. Agora sempre que ando em chão molhado a bicicleta fica toda suja. 🙁 A work in progress.
Nestas fotos, além dos óculos de que falei mais atrás, estava a usar o casaco que geralmente uso por estes dias, mesmo e especialmente quando chove. É um casaco impermeável e com mais forro, que comprei para a viagem à Spezi, na Alemanha. Vantagens relativamente ao corta-vento: tem gorro ajustável (posso apertar o cordão para que o gorro não fuja com o vento), e este faz um bocado um efeito, pequeno, de pala, pelo que a chuva não cai directamente na cara, e protege bem o pescoço e até parte da cara se nos enterrarmos dentro dele, e sendo vermelho é menos gritante para usar normalmente. É mais quentinho e tem vários bolsos com fecho. Desvantagens: não é respirável, e não tem o rabo mais comprido, pelo que se chover ficamos com ele molhado à mesma, à noite vermelho é menos fácil de ver do que o amarelo reflector, pelo que no trânsito oferece menos visibilidade.
O capuz torna mais complicado olhar para trás, porque ele não acompanha a cabeça ao virar, é como se olhássemos para dentro do capuz. No trânsito isto é uma desvantagem.
Recentemente o Bruno encomendou-nos também uns espelhos novos. Nos últimos tempos tinha andado sem nenhum e não gosto, é como andar sem espelho no carro. Tive dois espelhos iguais, de prender na ponta do guiador, que se partiram (um foi com o meu irmão, num incidente com um peão, outro foi alguém que mo quebrou acidental ou propositadamente quando a bike estava estacionada frente ao supermercado).
Agora mesmo que quisesse não podia comprar outro do género pois tenhos uns “corninhos” de cada lado do guiador, que impossibilitariam este setup.
Como não uso normalmente capacete também não dava para usar aquele que se prende num. Mas fica fixe, não fica? Este é o Bruno, já agora. 😛
Estou contente com a nova aquisição:
Também se coloca no guiador, mas já não fica no caminho das mãos. É pequenino mas bastante ajustável e dá uma boa perspectiva do que se passa atrás de nós.
Ao longo do tempo foram sendo substituídas peças, e até acessórios. Mas neste momento continuo com aquele sistema de luzes de dínamo sem-fricação meio DIY que o Bruno instalou há bué, uns leds azuis à frente e vermelhos atrás, que piscam quando estamos a andar:
Aquela luz traseira já a mudei, pus uma das que vêm com a Mobiky, muito mais luz, visível de lado, muito mais fixe. À frente continuo com a mesma:
A pilhas (recarregáveis), funciona bem e dá uma luz razoável. Mas queria uma com mais output, tipo carro. 😛 Mas como geralmente ando em zonas com iluminação pública, esta vai servindo.
O selim que ele me ofereceu também tem sido uma boa aposta:
O original que vinha com a bicicleta, em gel, aquecia-me demasiado aquela zona, e tinha uma cobertura que oferecia um bocado de atrito com a roupa.
O meu cadeado integrado é um must, um icebreaker e desculpa para meter conversa infalível 🙂
A AirZound (que tinha originalmente na Mobiky mas que transferi depois para esta porque actualmente é a bicicleta que uso mais frequentemente), é um acessório INDISPENSÁVEL para quem usa a bicicleta como meio de transporte e, como tal, usa a estrada e interage com outros condutores.
Tipo, man, é mesmo mesmo um must. Nem sei como alguma vez andei só com aquela campainhazita que a bicicleta trazia, que nem os peões ouvem, muitas vezes, quanto mais uma pessoa dentro do carro. Já se imaginaram sem buzina no carro? Pois é, de bicicleta é pretty much the same. Assim até um camionista no meio da rotunda do Marquês me ouve. 🙂
Este kung fu sugerido pelo pessoal da Surly (que fazem a Big Dummy) e que o Bruno pôs nas nossas Xtracycles também é uma boa ideia, para proteger a estrutura da água:
Num dos lados tenho também um pisca-pisca vermelho.
Outro acessório que dá jeito são umas cordas e tiras elásticas:
Esta vai sempre enrolada no SnapDeck (ajuda a evitar que salte caso passemos por um buraco com muita carga na bicicleta), e quando há algo extra para levar é só prender com isto.
Um objectivo nosso é mudar de quadro para um um pouco mais leve e sem suspensão, um peso morto que nos rouba energia a pedalar.