Sinistralidade rodoviária a decrescer (ou talvez não)

Na passada 6ª-feira a ANSR esteve presente na Segurex 2009 (no dia em que a Segurança Rodoviária assumiu destaque nesta feira) e preparou um seminário onde fez a Apresentação do Relatório de Segurança Rodoviária de 2008 (descarreguem o pdf aqui), e onde houve lugar a dois debates subsequentes, um sobre Segurança Rodoviária, moderado pelo Presidente do ACP (?!), Carlos Barbosa, e outro sobre o conceito da Carta por Pontos, moderado pelo Presidente da Direcção da PRP, José Trigoso.

Não estive neste evento, mas vi alguns artigos a relatar. Citando um detalhe num deles:

Os dados mostram que os peões continuam a ser das principais vítimas da estrada: no ano passado, morreram 136 pessoas e 529 ficaram gravemente feridas na sequência de atropelamentos. Entre as vítimas constam também os ciclistas (37 mortos e 105 feridos graves), o que levou Carlos Lopes, da Unidade de Prevenção Rodoviária, a admitir que “é preciso tomar algumas medidas para acautelar esta situação”.

Pelas minhas experiências mais recentes (e tudo o que vem de trás), não auguro nada de bom…

Ver o resto da notícia aqui.

Entretanto, recomendo leitura desde artigo da ACA-M, cito apenas um trecho:

(…)Temos portanto três tipos de omissão nas estatísticas da mortalidade rodoviária: 1) decorrentes da não contabilização dos mortos a trinta dias, ao contrário do que acontece no resto da Europa; 2) não verificação de óbitos por ausência de médico no local e por não confirmação posterior; 3) falta de confronto, ou confronto tardio, entre diferentes bases de dados.

Quando recebeu em 2008 o Prémio europeu de segurança rodoviária, o governo português tinha pleno conhecimento de que os números que tem apresentado ao país e ao mundo são errados. Aceitou ilegitimamente o prémio porque privilegia a propaganda do anúncio da redução contínua da sinistralidade rodoviária ao confronto com a realidade.

Segundo o Instituto de Medicina Legal, o número de vítimas mortais da estrada é 40% superior às estatísticas apresentadas pelo governo. O não reconhecimento público deste morticínio só aproveita ao MAI, que assim não tem de se maçar a resolvê-lo. Os custos, esses, são pagos pelas famílias das vítimas e por todos nós, contribuintes e concidadãos. (…)

Publicado em política | Tags , , , , | Deixe o seu comentário

Pequenos Lusitanos

Passo a divulgar uma iniciativa noutra área em que tenho um interesse particular, a da deficiência. Neste caso é um blog, potencialmente precursor de uma associação focada no nanismo: Pequenos Lusitanos.

Publicado em sites, sociedade | Tags , , , | Deixe o seu comentário

Follow-up do mail à CP

Bom, depois de enviar este e-mail, recebi esta resposta:

Em resposta ao V/ e-mail, o qual desde já muito agradecemos, as chamadas áreas multifunções, ou seja zonas amplas para permitir o transporte de passageiros de mobilidade reduzida que utilizem cadeiras de rodas, o acondicionamento de carga volumosa tal como carrinhos de bebé, bicicletas e malas de viagem, fazem parte desde há vários anos da configuração interior do material circulante novo/modernizado para os serviços urbano e regional.

As novas Unidades para a Linha de Cascais não serão excepção a este princípio.

Pensei que estivessem a falar de outra linha de Cascais… E enviei novo e-mail:

Boa tarde,

Lamento ter que discordar, mas tal coisa não existe ainda, pelo menos na linha de Cascais, que é que conheço e uso regularmente há vários anos.

Refiro-me a carruagens desenhadas de modo a poder acomodar bicicletas, prendendo-as de modo a que o dono se possa sentar, ou pelo menos não ter que ficar junto à bicicleta a segurá-la.

Refiro-me a carruagens que tenham espaço para as bicicletas sem que estas impeçam o acesso ou uso de lugares sentados, ou que impeçam ou embaracem a circulação dos outros utentes (sem ou com bicicletas ou
outros acessórios volumosos) nos corredores e a entrada e saída pelas portas para o exterior e inter-carruagens ou para a zona do maquinista.

Refiro-me a carruagens que acomodem mais que 4 bicicletas (que considero ser o máximo das de Cascais (2 em cada ponta). Falo de bancos rebatíveis, suportes para bicicletas, etc.

Não digo que todas as carruagens de cada composição deveriam ser assim, obviamente, apenas que cada composição deverá ter 1 destas carruagens. E apenas digo que este novo lote de carruagens é uma oportunidade para isto, que a ser perdida será um erro estratégico da CP, e que poderá sair caro politicamente.

Grata pela atenção.

Cumprimentos,

Aguardo a resposta.

Outros sinais: a REFER colocou calhas para bicicletas na passagem pedonal aérea da estação de comboios de Belém, mas não nas escadas que dão acesso às plataformas, as calhas são apenas para os ciclistas que precisam de passar de um lado para o outro, os clientes da CP não merecem tantos cuidados.

imgp6848.jpg

Ver mais fotos aqui. Nota: parabéns pelas calhas! São um progresso, mesmo que ainda côxo. 😉 O novo interface da estação do Cais do Sodré não tem estacionamento para bicicletas (a intermodalidade, a mobilidade sustentável, etc, ficaram só nos discursos políticos), e os utilizadores de bicicleta em regime de co-modalidade com os comboios não foram lembrados especificamente ao implementar os novos portões de acesso às plataformas dos comboios (são talvez poucos e à justa).

Novos portões de acesso na estação de comboios do Cais do Sodré Acesso especial para "os volumosos"

Acesso especial para "os volumosos"

E não vamos falar na falta de condições para optar por viagens em bicicleta + comboio fora das linhas urbanas…

O Bruno fez anos há dias e pensei em irmos passar um sábado a Évora, conhecer a ecopista, passear de bicicleta. Perdi horas de volta dos sites da CP, Fertagus, Transpolis… Não há maneira, só os Regionais toleram as bicicletas, e não dá. Optámos, contrariados, por tentar ir (talvez no próximo fds), sem bicicleta (alugamos lá), usando um Intercidades. Vivemos na Idade da Pedra, fogo…

Actualmente a CP apenas tolera as bicicletas, ainda não encara os seus utilizadores como um mercado apetecível… Que raio de visão estratégica comercial…

Um vídeo de uma acção subversiva em Espanha aqui:

🙂

Para Renfe parece misión imposible, pero un grupo de ciclistas ha desmontado 2 asientos del TRD de Teruel para demostrar que es sencillo habilitar un espacio para bicis en él.

El sábado 7 de marzo de 2009, un grupo de cicloturistas ha desatornillado dos asientos del Tren Regional Diésel (TRD) que circulaba haciendo la ruta Valencia-Teruel-Zaragoza, y ha colocado una bicicleta en su lugar, sin interrumpir la circulación del tren ni ocasionar molestias a ningún viajero.

Se trata de una acción de protesta, en la que el grupo ciclista quiere mostrar gráficamente que es muy sencillo habilitar un espacio para bicicletas en este tren, al que ahora mismo está prohibido acceder en bicicleta.(…)

Cá não sei se isso é um argumento, mas aqui fica a iniciativa de nuestros hermanos. 😉

[Via]

Publicado em mobilidade, serviços | Tags , , , , , , , | 4 Comentários

Yes, we could

Fonte: Streetfilms

Publicado em mobilidade, política, serviços, videos | Tags , , , , , , , , , , | Deixe o seu comentário

Galp a promover a optimização de recursos

Um elemento de peso a promover o carpooling. 🙂 Cool!

Galpshare

«Todos os dias, em Lisboa e Porto, entram e saem 2 milhões de lugares desocupados». Brutal.

Publicado em mobilidade, sites, videos | Tags , , , , | Deixe o seu comentário