Nos próximos dias 7 e 8 de Novembro, os arquitectos vão discutir o Parque das Nações “Cidade imaginada / Cidade concretizada”. Eu acrescentaria “Cidade assassinada”. À medida que vão lentamente abrindo o Parque das Nações ao trânsito automóvel vão matando o que aquilo tinha de bom. Engarrafamentos, ruído, fumo de escapes, carros estacionados na estrada e onde mais conseguirem, lá se foi o silêncio, a segurança, o ar “limpo”, o espaço, os horizontes, a cidade das pessoas, de todas as pessoas e não só daquelas que têm carro e o usam de uma forma abusiva e desrespeitadora dos Outros.
Os portugueses até podem ser bons a criar grandes coisas. Mas acabam por lixar tudo mais cedo ou mais tarde, por via da negligência ou da preguiça activa…