Há anos que não compro CDs. E há largos meses que não alugo DVDs. A última vez que vi um filme alugado foi através da SmarTV do Clix. Mesmo o cinema, o último reduto, tem sido muito mais esporádico do que costumava, porque a qualidade do serviço tem-se degradado ao mesmo tempo que o preço vai subindo desajustado.
CDs nunca fui de comprar muitos, mas tinha uns quantos (20, 30?). Mas desde os 10 anos que era uma ávida consumidora de filmes de vídeo. O aluguer de filmes acabou no final de 2006, porque me fartei do tratamento que é dado aos consumidores no 3º vídeo clube de que era sócia, o Oásis Vídeo Clube, junto ao CC das Palmeiras, em Oeiras, o 2º entretanto fechou, e o 1º é muito limitado. O problema do Oásis é transversal a todos os clubes, porque é um problema que vem de cima, das grandes empresas de media, pelo que não vale a pena fazer-me sócia de outros clubes.
Eu não saco conteúdos sob copyright mas às vezes tenho acesso a alguns, de terceiros. Mas isto não se constituiu como uma alternativa aos CDs e aos DVDs. Simplesmente deixei de consumir música e vídeo que não me chegue pelo rádio, sites ou TV.
Eu queria poder comprar media online, em formato digital. Músicas avulsas, filmes, documentários, etc, etc, internacionais e portugueses, que eu pudesse escolher e pagar via net, sacar directamente para o computador e copiar depois livremente para outros eventuais suportes, como o Zen (que deixei de usar). Mas não, aqueles chupistas em vez de explorarem e optimizarem o uso da tecnologia existente, protelam ao máximo e dificultam o que podem.
Em Portugal o conceito do Netflix já cá chegou, na forma do Mooxuu, mas embora seja novidade por cá, já é obsoleto nos EUA. Mesmo cá, já se alugam filmes pela rede (ex.: Clix).
Eu quero pagar pelos produtos. Não quero nada de graça, quero a um preço justo (que na área digital, com uma base de consumidores do tamanho do mundo, pode ser quase insignificante), e num formato acessível que dê para tocar onde eu quiser e que seja entregue num suporte o mais eficiente possível do ponto de vista ambiental e económico (comparem a eficiência energética e de utilização de matéria-prima e recursos de uma música comprada e descarregada pela net com uma comprada numa loja e gravada num CD).
Quando eu vou alugar um DVD num clube de vídeo, não vou para o copiar, por isso não me lixem. Se eu quisesse copiar sacava da net ou então tinha um sistema com todos os requisitos e outros tantos hacks para copiar a merda dos DVDs.
Só estão a hostilizar e a perder consumidores, clientes.
A propósito do documentário do último post (“Middle Sexes: Redefining He and She“), fui procurar a ver se havia disponível na net. Encontrei, mas não vendem para Portugal. Na Amazon do UK até há, mas mesmo que o comprasse, ele não funcionaria em nenhum leitor de DVD porque eles são “marcados” e restritos por zonas. Um DVD dos EUA não toca num leitor português. Que sentido é que isto faz?! Estamos na era digital!! Tudo fica apenas à distância de um clique, porquê não usar as potencialidades da tecnologia em vez de estar a lutar contra elas? Que raio de empresas são estas que não tiram partido nem promovem o progresso para oferecer melhores serviços?… Juro que não entendo.
Que merda, pá, isto frustra-me mesmo bué.
pior é que continuam a encher salas de cinema e clubes de vídeo como a blockbuster … já para não falar dos clubes de vídeo mais pequenos …
mas a “pirataria” veio para ficar, pelo menos, enquanto a qualidade de serviço baixar e os preços aumentarem 🙂
infelizmente, é assim que o mundo anda
Pirataria? Os piratas abalroavam barcos, matavam alguns tripulantes, e deixavam os outros sem nada. As riquezas que subtraiam aos cargueiros, muitas vezes dividiam-nas com o Rei (vide francis drake) ou o armador.
Agora, expliquem-me lá o que é que isso tem que ver com partilhar música, livros, documentos e filmes? Com partilhar informação? 🙂
E mesmo assim a Apple lixa quem compra música…