Net neutrality

O Bruno falou-me desta questão há uns dias.

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Para saber do que se trata pode-se começar por ver este video, que é bastante esclarecedor, e já agora também este, e explorar um pouco este site: Save the Internet, nomeadamente as F.A.Q..

(Tentando traduzir do site) este movimento defende a liberdade na internet. ” Neutralidade da Rede” — a Primeira Emenda da Internet — assegura que o público pode ver o mais pequeno blog tão facilmente quanto o maior site empresarial ao prevenir que companhias de internet como a AT&T optimizem o campo de jogo apenas para os sites que paguem mais.

Para quem não compreende inglês, vou tentar explicar o que o primeiro video mostra.

Neste momento é o utilizador que decide quais os conteúdos que vê na internet. Eu ligo-me à net, abro o browser e vejo os sites que quiser. Isto é possível devido à neutralidade da internet, que previne que o meu ISP (por exemplo a Netcabo) me bloqueie o acesso àqueles sites.

Agora imaginemos que eu vou ao site do Google e faço uma pesquisa qualquer, mas apercebo-me que o site corre extremamente lentamente ou, pior, nem sequer carrega. Depois de muito desesperar decido ir a um outro motor de pesquisa (por exemplo o Yahoo) para encontrar aquilo que procuro. Sem a neutralidade da internet este cenário poderia tornar-se muito (demasiado) comum. O meu ISP, a companhia que opera a minha ligação física à internet pode decidir degradar a minha ligação a um site como o Google ou até bloquear-me o acesso completamente. Porque haveria o meu ISP de fazer isto? Bom, talvez eles tivessem assinado um acordo exclusivo com a empresa de um outro motor de busca. Assim, seria do interesse desse ISP dirigir a minha atenção para o site dessa outra empresa.

Outro cenário seria o de degradar o serviço numa aplicação de VoIP (Voice over IP) para algum tempo depois mudarmos para uma outra empresa, por exemplo a deles (do próprio ISP).

Se o meu ISP tiver interesses financeiros nos conteúdos de determinado site/empresa ele terá um incentivo para degradar o serviço de acesso aos conteúdos de outras empresas.

Estes cenários não só são possíveis como já ocorreram. E vão continuar a ocorrer enquanto os princípios básicos da neutralidade da internet não forem obrigatórios por lei. Infelizmente o pessoal no Congresso americano não acha a neutralidade na internet uma questão suficientemente importante para pôr na Lei.

A última notícia não foi boa:

«O voto do Congresso americano, no passado dia 8, contra uma emenda que tornaria a neutralidade da internet obrigatória é o resultado de um enxame de grupos de pressão e de uma campanha multimilionária nos media por parte de companhias telefónicas que querem que o Congresso lhes atribua o controlo da internet.

A luta agora muda-se para o Senado, onde há um apoio bi-partidário mais forte para uma lei – apresentada pelos Senadores Olympia Snowe (R-Maine) e Byron Dorgan (D-North Dakota) – que protegeria a nossa liberdade na internet da AT&T, da Verizon e da BellSouth.»

[tentativa minha de tradução do texto deles]

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