Já devem ter percebido que, além da mobilidade sustentável (entre outros tópicos), a construção sustentável é outra das minhas grandes paixões. Quem sabe, se não fossem duas professoras do Ensino Básico que, no último momento, me convenceram a desistir da ideia de seguir a área de Artes, no final do 9º ano (o que implicaria mudar de escola), possivelmente teria acabado mesmo por seguir arquitectura. Mas na altura estava muito indecisa entre esta perspectiva e a área de ciências. Acabei por ficar em Talaíde, na ESAR, e acabei por seguir depois Química Aplicada / Biotecnologia, na FCT-UNL. Foi um erro. Não sou criativa tipo “artista”, mas penso que o sou tipo “engenheira”. Gosto de criar coisas que sirvam um propósito utilitário, gosto de contribuir para resolver problemas, para melhorar o funcionamento ou o feeling de algo. Não gostava de ser uma arquitecta “típica”. Gostava de ser uma arquitecta-engenheira. 😛 Não sei se terei algum dia pachorra para voltar à faculdade e tirar outro curso. Tenho medo de queimar os poucos neurónios e sinapses que conseguiram resistir ao primeiro. 😛 Sei que quero ir fazendo formação em várias áreas, mas coisas pontuais, intensivas. Um MBA também acho importante (embora este já seja mais parecido com a faculdade, durante a licenciatura). Mas gosto tanto da ideia de criar espaços que a ideia louca de tentar tirar um curso de arquitectura é algo que volta e meia me ocorre. Enfim, talvez na Universidade da Terceira Idade. 😛
Bom, estou já a começar a divagar. Este post era só para partilhar o link para um site com várias fotos de telhados verdes (“green roofs“). Acho a estética linda e as vantagens ambientais um forte factor pró. Nunca vi nenhum ao vivo, só um em Zurique, de relance, ao passar de comboio. Imaginem Lisboa vista de cima assim:
O Hotel Cidnay em Santo Tirso tem o telhado verde, esta é a única foto que consegui encontrar na net: http://www.inn-portugal.com/accommodation/hotels/porto-douro/hotel-cidnay-5.jpg até coelhos lá havia quando vi, agora não sei..
Fixe! 🙂
Aqui há tempos li esta notícia (ainda demorei a encontra-la depois de ler o teu post) e fiquei sem saber se deveria achar bem ou mal :): Vertical farming in the big Apple
Já vi essa ideia em vários sítios/artigos. Já foi o ano passado, na biblioteca de Química da FCUL, li um artigo sobre “cidades do futuro”, cidades sustentáveis, na New Scientist. O título acho que era qualquer coisa estilo “ecopolis”. Era pra ter fotocopiado o artigo porque o achei verdadeiramente interessante, mas não pude. Entretanto a revista desapareceu, e online também não há acesso. 🙁
Enfim, the point is, a cidade é o modo de organização humana mais eficiente (if done right), porque permite rentabilizar a energia, o tratamento de resíduos, a mobilidade, etc (algo que eu nunca tinha pensado, caindo na asneira comum de achar que um casa no campo é mais “verde”). As quintas verticais são uma maneira de produzir dentro da cidade uma parte substancial da comida necessária à alimentação dos seus habitantes, em vez de produzir tudo em cascos de rolha e transportar em grandes camiões para a área urbana. A integração da vertente natural e agrícola na malha urbana só pode ser vantajoso. 🙂
Enfim, estico-me. 😛
E uma quinta num barco, para propósitos educacionais? 🙂
Um exemplo em Toronto, também.
Consegui aceder ao URL que colocaste acima e disses que não havia acesso revista new scientist .
Entretanto obrigado pelo exemplo de Toronto. Gostei mesmo de ler 🙂
Vtrain
Pingback: Agricultura urbana at b a n a n a l o g i c