Razão & Emoção para usar a bicicleta na cidade

Bicicletas na FCUL!

Estacionamento de ocasiãoA Mobiky no Metro de Lisboa

Os argumentos racionais : : : A bicicleta é o meio mais eficiente de deslocação, e o ideal para as viagens pendulares urbanas. A maneira mais fácil de nos mantermos em forma sem ter que passar três ou quatro horas por semana fechados dentro de um ginásio. Uma maneira simples, económica, flexível, saudável, não-poluente, agradável, de nos locomovermos no dia-a-dia, permitindo-nos ter maior contacto com os locais por onde circulamos e pelas pessoas com quem nos cruzamos. A ideia de que a bicicleta como meio de transporte é para os pobres e que três horas de BTT ao fim-de-semana é que é sinal de status é uma falácia. Qualidade de vida é poder desfrutá-la!! Duas a quatro horas diárias sentados dentro de um automóvel, stressados, a respirar ar poluído, sujeito ao ruído do tráfego, sem estar a produzir nada nem a relaxar nem a conviver com os amigos e família (e depois ainda irmos fecharmo-nos dentro de um ginásio mais duas horas para compensar a falta de exercício no resto do dia), não é qualidade de vida, mesmo que o façamos dentro de um Ferrari.

Passar a tarde no carro, parado no trânsito

O número excessivo de automóveis, o recurso desnecessário e crescente aos mesmos, o comportamento abusivo por parte dos seus condutores, usurpando o espaço público para passagem, estacionamento e armazenamento dos seus automóveis privados, a impunidade dos crimes cometidos ao volante, tudo contribui para matar a vida nas cidades.

"Início de ciclovia" (?!)

Aumentam os acidentes, o barulho, a poluição, as pessoas evitam andar sem ser de carro, aumenta o stress e a ansiedade, isolam-se do exterior, perde-se o sentido de comunidade, aumentam as doenças respiratórias e imunitárias, as crianças são enclausuradas em casa porque a rua não oferece condições para as suas brincadeiras, aumenta a obesidade infantil e a adulta, aumentam as doenças cardiovasculares, aumenta a solidão, a depressão e os distúrbios do sono.

O automóvel é uma invenção fantástica e precisamos muito dele. Só temos que parar esta febre motorizada e encontrar um equilíbrio sustentável.

Os argumentos emocionais e sensoriais : : : Aquecimento global, poluição, perda de qualidade de vida urbana, sedentarismo, custos económicos. Não precisamos destas razões para escolher andar mais de bicicleta e menos de carro. Podemos optar mais frequentemente pela bicicleta porque simplesmente… sabe bem fazê-lo.

O exercício físico regular (mesmo que ligeiro) mantém o nosso corpo a funcionar bem. Se for feito a pedalar uma bicicleta rentabilizamos o tempo usando-o para nos deslocarmos até onde queremos ir. A actividade física oxigena-nos o cérebro, melhorando a memória e as funções intelectuais, e induz o aumento da secreção de hormonas e químicos naturais (especialmente quando estamos expostos à luz solar) como as endorfinas, que aliviam o stress, a dor, dão-nos energia e boa disposição. Manter uma actividade regular e atingir uma boa forma física aumenta a auto-estima e oferece uma sensação de realização e controlo. O resultado é uma saúde fortalecida, energia, uma sensação de tranquilidade, noites bem dormidas, e dias mais “vividos”.

Andar mais de bicicleta sim, porque, antes de tudo, nos faz sentir muito, muito bem! 🙂

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2 Responses to Razão & Emoção para usar a bicicleta na cidade

  1. Mozilla Firefox 2.0.0.3 Windows XP

    pode ser… mas não em PT 😛

    aí tem de se subir muito! descer mais, e não há condições para andar de bicicleta na cidade (não existem lugares para parar, arrumar, andar, ser respeitado), por isso, sempre que ia à cidade ia de duas rodas… com motor 😛

    aqui sim, existem acesso, estradas para bicicletas, zonas de arrumação, e até temos prioridade nos cruzamentos 🙂

    ahhh… e é sempre a direito, só sobes para passar uma ponte, ou seja, “Copenhaga, cidade de ciclistas” !

    para o comprovar deixo-te um video:
    http://video.google.com/videoplay?docid=-5092322980326147472&q=copenhagen

  2. Mozilla Firefox 2.0.0.2 Ubuntu Linux

    Isso das subidas é secundário. Há zonas por onde podes circular que não envolvem grandes desníveis. Depende de onde vives, trabalhas e queres passar. Além disso, poderias usar os transportes públicos em alguns troços menos fáceis.

    Se ninguém começar a andar de bicicleta, chamar a atenção para a falta de condições oferecidas aos ciclistas, peões e demais “não-carros” nunca se mudará nada. A não ser que o petróleo acabe subitamente já amanhã. 😛

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