I was a Free Range Kid. 🙂 Safei-me à mania de prender os miúdos dentro de 4 paredes, de onde só saem para dentro de outras 4 paredes, fechados dentro de um carro. Foi uma conjugação de época, pais e local onde vivia. Tive espaço próprio, pude arriscar, aprender, testar. Tornei-me autónoma, desenrascada, responsável, organizada, cautelosa, curiosa. Desfrutei do imenso prazer de deambular por aí, de rua em rua, pelas casas e quintais de amigos e vizinhos, subi muitas árvores, pulei muitos muros, joguei às escondidas até à noite, conversei com amigos sentada no muro de minha casa, e no dos outros. Construí cabanas. Brinquei com carrinhos na terra. Corri pelo meio das ervas, nos campos. Andei de bicicleta por todo o lado. Partilhei com amigos descobertas, riscos, medos, aventuras, crises, problemas. Tudo na rua. Tudo sem câmaras de vigilância nem pais a controlarem-me via telemóvel nem guarda-costas.
Isto para falar deste artigo, que originou este site.
Vivam os Free Range Kids! 🙂
É por estas e por outras que me dá vontade de largar tudo e fugir para uma aldeia perdida numa qualquer serra do interior, onde o meu filho pudesse andar livremente de bicicleta com os amigos… e o pai também ;-).
Eu comi terra, caí das arvores, andei manhãs e tardes inteiras desaparecido pelos montes sem que os meus pais precisassem de se preocupar.
Pois, as tendências são pouco animadoras: câmaras na escola….
Algo perfeitamente enquadrado: One Nation Under CCTV.
E pela ganância de alguma pessoas os níveis de segurança caiem abruptamente, ou seja, as pessoas pobres pela falta de investimento nas suas terras vêm para a cidade à procura de trabalho, não encontram, criam guetos, e a solução de alguns é entrar no crime. Sugiro a visualização do documentário: Manda Bala (que por si não é nada do outro mundo mas que fala um pouco deste problema).
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