No passado dia 12 de Novembro eu e o Bruno fomos ao Teatro S. Luiz, em Lisboa, no Chiado, a propósito do “Um Dia por Lisboa: O Tejo e tudo”. Foi muito interessante.
Estivémos lá desde as 18h30 até à meia-noite e meia, o pior foi depois das 22h, em que tivémos que ficar em pé porque já não havia cadeiras livres (desocupámos as nossas pra ir jantar um double cheeseburger no caminho).
Independentemente do que se abordou lá, fiquei com uma sensação muito boa de comunidade. Ali estiveram umas 500 pessoas ao longo daquelas 6 horas, e teve a participação de pessoas em cargos políticos e técnicos elevados. Não teve o feeling das conferências convencionais, parecia mais uma conversa de igual para igual numa praça pública. Não houve muito debate / diálogo com o “povo”, primeiro falaram os técnicos, depois os políticos, e umas amostras do público.
Mas comparado com o resto, foi excelente. Senti que talvez o país esteja a mudar, a mentalidade (de alguns, pelo menos), a relação com a política e com quem a faz. Nota-se um esforço de intervenção, de discussão, de intimação a prestar contas do que se pretende fazer, do que se está a fazer, do que se fez. Foi estranho ver pessoas que vemos nos media assim ao perto, como se fossem pessoas “normais”. 😛
Talvez o país não esteja realmente a mudar, talvez tudo continue na mesma, mas naquele dia, naquele local, senti-me bem com Lisboa, com esperança.
Vindos do Cais do Sodré, passámos por uma bicicleta holandesa (literalmente, Gazelle), estacionada encostada a uma parede.
Tinha bom aspecto e perguntámo-nos onde estaria o seu dono. No regresso, já depois da meia-noite, a bicicleta continuava lá.
Sim, eu sei, desculpem lá a mania de pôr bicicletas em tudo, mas não consigo evitar fotografá-las e depois tenho que as mostrar, não é? 😉
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