Eu e o Bruno passámos lá no segundo dia da iniciativa, 2 de Setembro, para ver como era e aproveitar para ver onde é o local da Cicloficina (conseguimos encontrar, desta vez, embora não estivesse lá ninguém, como já tinha sido avisado, de resto).
Tinha até bastante gente, embora sinta que vai precisar de mais atracções, e mais diversificadas, para conseguir atrair as pessoas ao local mais do que uma vez. Não sei que tipo de vantagens a Câmara oferece aos parceiros sociais e empresariais para os fazer escolher ir para ali e não para outro local qualquer mais aprazível e rentável, mas acho que se não houver casas-de-banho, locais para as pessoas se sentarem e estarem à sombra, comes e bebes disponíveis e coisas para ver (mas não sempre as mesmas) e para fazer (aquilo que se gosta de fazer, faz-se over and over again sem perder o entusiasmo) a iniciativa corre o risco de morrer ou de não passar de um estádio embrionário. Penso que com o tempo as coisas se hão-de compor e a ideia há-de vingar. 🙂 Amanhã há mais.
Quando andávamos à procura da Rua dos Bacalhoeiras démos com isto:
Suponho que seja uma relíquia e que tal associação já não exista. 😉
Junto a este edifício estava isto:
Não há parques de estacionamento próprios para motas, nem para bicicletas, e o resultado é este. O exemplo da bicicleta mostra a importância de prender bem a bicicleta, e de escolher bem o local de estacionamento e a duração do mesmo…
Fomos para Lx de bicicleta grande nesse dia. Pedalámos até Paço de Arcos, apanhámos o comboio para o Cais do Sodré. Preferíamos ter ido de bike até lá, mas já íamos tarde e achámos melhor encurtar o percurso. O problema também é as infrastruturas. Não queríamos ir pela Marginal, os carros passam a abrir, não há bermas nem espaço de fuga, e queríamos ir numa de passeio, parar onde nos apetecesse, etc. As opções entre a Cruz Quebrada e Belém são miseráveis. De comboio vimos um tipo a circular por lá, mas da última vez que fizémos aqule percurso jurámos para nunca mais.
Tudo cheio de lixo e pedras, e depois temos que passar por debaixo de uma ponte ferroviária na Cruz Quebrada para voltar para este lado da linha. Não é uma boa zona em termos de segurança…
Se há obra necessária para requalificar a orla ribeirinha de Cascais a Lisboa é uma via com faixas pedonais e cicláveis, com pontos de infrastruturas e comércio de apoio, a toda a extensão da costa. Era bom para os turistas, para o lazer dos nativos, para o desporto e até para a mobilidade quotidiana. Enfim, talvez daqui a uns anos bons…
Or not, se continuarem a fazer isto:
O tal hotel que “não cria barreira” ao rio. Claro, basta olhar para a foto de cima, aquele muro não é barreira nenhuma, eu vejo o rio e a paisagem através dele, é perfeitamente transparente. Enfim…
Por esta passagem pedonal aérea passei eu centenas ou milhares de vezes quando andava na FCT-UNL.
Não está acessível a pessoas em cadeira-de-rodas, apenas com muito esforço com bicicletas, carrinhos de bebé ou de compras. E assim continua há anos e anos. Quem caia nesta categoria não pode entrar ou sair em Belém num comboio vindo de Lisboa e em direcção a Oeiras. Mas deve pagar o bilhete igual aos que podem. Isto lá é justo? Lógico? Certo? *sigh*
Não concordo com a extirpação dos serviços de apoio e funcionários da CP das plataformas da Estação de Paço de Arcos.
Aconteceu quando foi renovada e expandida há uns anos atrás. Se for de bike e quiser comprar bilhete, tenho que ir lá abaixo, mas depois não tenho como trazer a bike pra cima. Tenho que dar a volta toda pela estrada ou levá-la nas escadas rolantes, que são um bocado inclinadas e estreitas. Se levar carga na bicicleta torna-se um bocado perigoso. Felizmente aqui ao menos não há sinal a proibir levar as bicicletas nas escadas rolantes, como há no Metro de Lisboa… Tanto a CP como o Metro começaram por permitir o transporte de bicicletas em alguns horários, mas não se preocuparam em oferecer condições adequadas para os utentes o fazerem, em segurança e conforto para todos.
Falo em termos de acessos às estações e às plataformas, bem como as condições das carruagens. Como levar uma bicicleta grande numa carruagem sem ficar a bloquear o acesso às portas de saída, à porta de ligação entre carruagens e/ou ao corredor?…
Ah, porque é que não concordo com as plataformas de comboios desertas? Já estiveram na estação de Algés ao entardecer ou à noite? Eu ali sinto-me insegura. Não há ninguém (funcionários, polícia, comércio) ali e não posso fugir. Dá vontade de usar o carro da próxima vez…
No regresso a casa viémos a pedalar.
🙂
Já repararam em como há autênticas auto-estradas dentro de Lisboa? Para quê tantas faixas de rodagem? É um abuso…
Se há coisa que detesto é o empedrado que em Portugal parece universal (quer na estrada quer nos passeios).
Só vejo 1 vantagem nisto, evitar a impermeabilização dos solos. De resto só tem desvantagens. Eu perdi um parafuso da bike à conta de tanta trepidação acumulada. 😛 Aquilo é desconfortável à brava. E se tivermos o azar de andar com uma bici sem suspensão, sem banco em gel ou similar, ou com rodas mais pequenas, ainda é pior…
Em Santos passámos por um ginásio com uma bike rack daquelas que não servem para nada à porta. Um sinal positivo, mas inútil…
Ali na zona démos com um parque de estacionamento à beira-rio. Que ultraje. Uma zona privilegiada da cidade – não o é, mas devia ser – a servir para estacionar carros!?!
Ao lado, o Kube, contentores de luxo plantados num cenário de abandono e degradação. Também detêm acesso restrito ao rio…
Em Santos, na casa-de-banho das mulheres vi isto:
Coisas estranhas se passam por aqui…
No cruzamento em Alcântara cruzámo-nos com outro ciclista:
🙂
Numa esplanada nas docas vimos uma mulher a ler um livro e com uma bici dobrável ao lado. 🙂
Em Belém parámos para comer e descansar. Ia haver um concerto dos Xutos nessa noite.
Depois foi seguir para Algés, apanhar o comboio numa estação quase deserta, sair em Paço de Arcos e pedalar de novo até casa. 🙂
Andamos a trabalhar num projecto para o Terreiro do Paço que podem consultar no blog http://pensenicho.blogspot.com/. O projecto conta muito com a iniciativa individual por isso comentários e propostas são benvindos.
Numa das propostas “speakers corner” há um apelo ao uso da bicicleta.
Dêem uma vista de olhos.