O “Mexa-se na Marginal!” deste ano (no passado dia 3 de Junho, das 10h às 13h, entre Algés e Oeiras) foi ainda mais concorrido que o “Marginal sem Carros” do ano passado, e teve mais actividades de animação paralelas (aulas de dança, insufláveis, campos de vólei improvisados, etc).
Foi excelente! 🙂 Um dia de sol maravilhoso (que valeu um escaldão ao Bruno e um “escaldinho” a mim).
Um belo passeio junto ao mar, uma estrada sem carros e cheia de gente, aaah… lindo.
É surreal estar ali e lembrarmo-nos do que é nos outros dias todos do ano…
Claro que o comportamento pouco cívico dos portugueses se manteve, só que fora da Marginal. Levaram os carros até o mais perto possível e estacionaram os carros em cima de passeios, no meio da estrada, etc. Exemplo:
Não pude deixar de reparar na ironia da publicidade paralela, em dia de Marginal sem carros, havia publicidade a jipes…
Estava muita gente, e supostamente havia uma indicação de faixas e sentidos de circulação para peões e velocípedes, mas só os sentidos eram – mais ou menos – respeitados.
Só vi um acidente:
O que não faltava era putos a abrir (sem capacete) pelo meio dos outros utilizadores da estrada…
Vimos pessoas a pé, de patins, de skate, de trotinete, montes de famílias a caminhar empurrando carrinhos de bebé, muitas mulheres e homens de bicicleta com putos em cadeirinhas atrás, um ou outro atrelado, uma tandem, putos em bicicletas com e sem rodinhas, um miúdo num go-kart / balanzbike que ia puxando uma miúda de skate, alguns trikkers, umas quantas bicis dobráveis, muitos putos em BMXs, imensas BTT, algumas bicicletas de estrada, e até umas choppers todas estilosas! 🙂
Também vi pessoas em cadeiras-de-rodas.
O Bruno foi de KMX kart e eu fui de Mobiky. 🙂
A meio do caminho ele viu uma miúda que levava uma bicicleta da Cicloeiras (bicicletas de uso gratuito, da Câmara) pela mão, com a corrente saída e parou para a ajudar. Mas a miúda estava com azar, a corrente estava mesmo busted e não deu para arranjar, teve que a levar o caminho todo de volta à mão. E à mãe dela tinham-lhe roubado uma… Enfim, depois disso puxei a minha mais pró pé de mim enquanto esperava que o Bruno se despachasse daquilo e tirava umas fotos. 😛
Como perdemos noção das horas e nos afastámos muito, parte do caminho de volta foi feito de comboio, entre Paço de Arcos e Oeiras, porque entretanto a estrada iria ser reaberta ao trânsito motorizado e de novo interdita às pessoas. Vejam a diferença “antes e depois”:
Ao fim-de-semana as bicicletas são permitidas e não se paga mais (bom, o problema seria apenas o trike do Bruno, a minha bicic dobrável nunca paga. 🙂 No entanto, os bilhetes são caros, pagámos 1,10 € cada um, para aquela pequena distância…
Quando saímos da estação passámos pelo estacionamento de bicicletas e vimos uma com peças roubadas. Voilà, a importância de prender bem todas as partes da bicicleta…
Depois lá voltámos para a labuta. Foi uma manhã muito fixe. 🙂 Quando será que teremos alguém nas Câmaras e Governo que se digne a implementar um projecto brutal de uma faixa para peões e bicicletas desde Cascais até ao Parque das Nações, sempre junto ao mar e rio? Imaginem o potencial turístico e de mobilidade quotidiana… Era lindo. Enfim, resta sonhar…
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