Via Popgadget soube de dois serviços pensados especificamente para mulheres. No Dubai, um serviço de táxis exclusivamente para mulheres (e mulheres com crianças pequenas), em que o condutor é igualmente uma mulher, e o veículo é diferenciado por ter o topo bem como os bancos no interior em cor-de-rosa. Aparentemente, esta ideia terá sido inspirada nas Pink Ladies em Londres, um serviço parecido mas que funciona por membership, é um clube e não um serviço de táxi (que se pode mandar parar na rua e solicitar o serviço).
Imagem via Gizmodiva
Os veículos são sempre conduzidos por mulheres, de uniforme, treinadas em Primeiros Socorros, Auto-defesa e Atenção ao Cliente! Não há dinheiro nos carros (paga-se previamente pela internet ou pelo telefone com os dados do cartão de crédito), e estes estão equipados com GPRS, para maior segurança. As clientes passam a ser membros de um clube exclusivo. Só são transportados passageiros do sexo feminino e crianças. Os carros são cor-de-rosa com um interior em cabedal da mesma cor. Dão 2 toques para o telemóvel ou telefone quando estiverem no local combinado, para não termos que ficar na rua à espera. Depois de chegadas ao destino a condutora só arranca e vai embora após nos ter visto entrar em segurança (em casa, por exemplo). Os carros têm menos de 3 anos de idade para assegurar o seu bom estado e a segurança das passageiras.
Eu achei gira a ideia, e útil. 🙂 Os preços são similares aos de um serviço de táxi/aluguer normal. Só levanta a questão: será isto discriminação dos homens? Se houvesse um serviço similar na versão masculina não nos sentiríamos prejudicadas? Será comparável aos Men’s only Clubs? A este último acho que não, porque não se trata de negar a entrada ou a participação num convívio, numa discussão, num evento, trata-se apenas de um serviço com características muito específicas para um grupo da população (poderia ser só para crianças, ou só para idosos, ou só para deficientes, sei lá…). E também não será uma discriminação negativa dos homens, mas sim uma discriminação positiva das mulheres, para as servir melhor, até porque têm necessidades e particularidades que as tornam receptivas a este serviço que os homens não terão tanto, suponho. Claro que qualquer homem gostaria de usufruir nos outros serviços similares a este do mesmo grau de qualidade e cuidado, mas é para isso que serve o mercado. Basta algum empresário dedicar-se a isso. 😉
Será que não há ninguém em Portugal a querer ser um franchisado das Pink Ladies? Elas estão prontas para franchising!
Pode ser preconceito meu… Mas sendo do Dubai (país mulçumano), espero que não seja uma forma de, por exemplo, evitar que um condutor de táxi homem conduza uma mulher.
Pois, no Dubai é possível que também tenha uma influência relacionada com a religião e uma cultura mais misógina, embora até seja um país mais moderno do que a maioria dos dessa área do globo, suponho. Mas eu foquei-me mais no serviço original, em Inglaterra. O do Dubai não vi mais info além da disponível no Gizmodiva. Seja como for, se eu vivesse no Dubai e esse serviço fosse criado com base nessa cultura de inferioridade da mulher, eu até preferiria ser conduzida por outra mulher do que por um ser humano igual a mim que me olha e me “sente” como se eu fosse diferente, inferior, pior…