Primeiro fazem coisas que não devem em sítios onde não devem e de formas que não devem. Tudo ilegal. Depois vêm queixar-se das más condições, e exigir que o Estado (i.e., nós) façamos alguma coisa. Nice.
É como os gajos que fazem casas nas dunas, em cima das falésias, a um passo do mar. Depois vêm as ondas, arrasam tudo e alguém tem que pagar os estragos. Nós. Eles fazem merda e os outros que paguem o prejuízo no fim, e duplamente, a tentar salvar o sítio (tipo a costa) e a casa arruinada. Claro que até aí eles gozaram do privilégio da praia nas traseiras de casa. E isto quer com barracas quer com casas de luxo, construídas ilegalmente, como devia ser sempre a construção nessas zonas, ou legalmente.
No DN: “Casas abarracadas e muito pó no caminho da praia da Fonte da Telha”
«As praias, rodeadas por casario degradado construído na frente de mar e junto a uma falésia, têm como único acesso uma estrada íngreme que se enche de filas de carros durante a época balnear.»
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«Como não há saneamento básico, os esgotos domésticos são despejados para fossas. “Estamos neste impasse, é hoje, é amanhã, é este ano, é noutro ano e nada se faz“, lamenta o presidente da Associação de Moradores da Fonte da Telha, António Amorim, que ergueu a sua casa ilegalmente numa área limitada por mata protegida, numa altura em que “toda a gente fazia o mesmo”.»
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«Enquanto persiste o impasse, moradores, comerciantes, pescadores e utentes das praias queixam-se do estado de abandono da Fonte da Telha, da falta de acessos, estacionamento e pó. “Os clientes chegam para jantar, passa um carro ou uma mota e é uma poeirada”, reclama Artur Tavares, proprietário há mais de 20 anos de um restaurante.»
É preciso ter lata! “Toda a gente fazia o mesmo”! Assim é que é, ah valente!