Assertividade and self-respect

Na 4ª-feira ao fim do dia, mesmo antes de me ir embora, fui falar novamente com o “chefe”. Desta vez a conversa foi muito rápida, uns 3 ou 4 minutos. No dia anterior ele tinha “definido” a data de 25 de Setembro para eu começar a trabalhar (e só porque eu lhe disse que nem estaria em Portugal entre 27 de Agosto e 9 de Setembro, o que me valeu críticas também…). Isto depois de eu rebater a tentativa dele de me impor o 11 de Setembro. A manipulação dele tinha como intento levar-me a comprometer-me com ele para praticamente já. Tentou mesmo levar-me a acreditar que conseguia fazer o relatório em 1 ou 2 semanas “se não andasse para aí a ‘paspalhar’”! lol! Enfim. Depois de falar com as minhas colegas e de pensar um pouco resolvi mudar um pouco a posição de poder. Fui lá e disse que posso tentar comprometer-me com o 16 de Outubro. Achava que era o mínimo em que seria plausível conseguir fazer um relatório destes. Se o terminasse antes, óptimo, regressaria ao lab antes da data prevista. Mas não queria estar a adiantar prazos irrealistas para depois fazer má figura a faltar aos meus compromissos. Já lhe tinha dito isto antes, mas ele menosprezou tudo. Desta vez impus-me. Ou é dia 16 ou não é. Ele ainda balbuciou umas coisas mas aceitou.

Não foi nada de especial (continuo a achar que dia 16 será cedo) mas senti-me muito bem por me defender assertivamente e não deixar outros pisarem-me à vontade, for once in my life. Há-de haver situações na minha vida em que me terei de submeter e subjugar a biltres como este por qualquer fragilidade minha na altura. Por essa mesma razão tenho que aproveitar enquanto a minha vida não depende deles para me tratar a mim própria e à minha vida com a dignidade que mereço.

Ele precisa mais de mim do que eu dele. Aliás, eu não preciso dele. 😛 Mas ele tem um projecto há quase um ano, do qual corre o risco de ser expulso porque não tem apresentado resultados (porque) não faz aquilo que combina fazer com os parceiros, e a reunião é em Setembro e ele precisa de mandar alguém fazer alguma coisa… Numa conversa subsequente com as bolseiras fiquei a perceber porque é que ele é “intocável”, apesar de os superiores saberem do desastre maldoso que ele é, e de ele arrastar o nome das pessoas que trabalham com ele (“com” é uma maneira de dizer, visto ele não parecer trabalhar muito…), da Unidade, do Departamento e do próprio INETI, na lama. Aparentemente, ele é que consegue os projectos. As outras pessoas têm dificuldade em arranjá-los e, logo, ficam assim todos dependentes dele… What a fucked up world.

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