A guerra dos mundos

Uma entrevista a Ayaan Hirsi Ali, a deputada holandesa-somali que trabalhou com Theo van Gogh [assassinado há cerca de 1 ano] num filme sobre as mulheres e o Islão está disponível no site do Expresso. Pode ser lida aqui.

«A reforma islâmica virá da Europa

(…)

GV:Como lida com essas ameaças?

A.H.A.: Nasci num país muito pobre, a Somália, onde nunca soube o que era liberdade de opinião. Continuo a achar extraordinário poder dizer o que penso e o que sinto. Além disso, o facto de o meu governo me proteger dá-me força. Em qualquer país muçulmano, eu seria decapitada por aquilo que tenho dito: na Somália, no Paquistão, na Arábia Saudita e até na própria Jordânia.

(…)

GV: Porque é que tantos muçulmanos que vivem na Europa parecem ter desprezo pela Europa?

A.H.A.: Na América, é-se americano desde que se lá entra. Na Europa, a maioria dos imigrantes quer sempre regressar à sua terra natal. Em consequência, são sempre acolhidos como meros «visitantes» nas suas novas sociedades. Se uma pessoa não se defende sozinha na América, se não ganha o seu dinheiro, está literalmente morto e fracassará. Na Europa, o estado social distribuiu dinheiro generosamente, deixando os imigrantes num estado de espírito passivo. O seu «modo de ser diferente» é encorajado pelos sacerdotes islâmicos importados, que lhes dizem que não têm nada de comum com os infiéis.» (…)

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