Porra, a minha escola não foi nada assim… A escola ensina coisas que podemos facilmente aprender lendo livros. A nossa escola serve essencialmente o propósito de sociabilizar as crianças. Sociabilizar as in, ver onde cada um se encaixa: nos nerds, nos populares, nos bullies, nos falhados, nos palhaços, etc, etc. As aulas servem para debitar matéria que não “digerimos”, apenas assimilamos para depois expelir.
A escola deveria ser muito mais que isto. Mais como a Escola da Ponte.
Andei na escola uns 20 anos. Para quê? As coisas importantes e que “ficaram” não as aprendi lá (pelo menos nas aulas). Claro que houve experiências positivas e outras não tanto, mas necessárias e úteis para me conhecer e construir a mim própria, mas… no geral, foi uma perda de tempo. Atenção que não estou a advogar a não-escola, mas sim uma escola que provoque a dúvida, o questionar de dogmas, convenções, crenças, comportamentos, que nos faça interagir com os outros a um nível intelectual e emocional, que nos mostre o mundo e como nós o podemos moldar. Uma escola mais dinâmica, em vez do tradicional dia sentado numa cadeira, frente a uma secretária com livros e um professor going blah blah blah.
Não tenho ideias miraculosas nem soluções geniais. Só tenho muitas dúvidas e muitas perguntas e muitas expectativas de haver algo mais eficaz, produtivo e estimulante do que aquilo que eu tive, e muitos outros continuam a ter.
A escola da minha filha é assim, e em Lisboa.. É um projecto de educação livre criado por uma associação de pais que consideram acima de tudo que ainda antes de serem escolares instruídos os seus filhos devem ter as condições para serem indivíduos confiantes, independentes, criativos e curiosos. Foi inspirado na filosofia do Rudolf Steiner . Não divulgo o nome aqui, pois como muitos projectos alternativos está a ter grandes dificuldades para obter o estatuto sobejamente chamado “legal”. A DREL intitulou o projecto como “romântico” e aconselhou a deixar cair..