No domingo fui apanhar sol ali para o Parque dos Poetas e fui de bike (são 5 Km). 🙂
Levei a tralha (mala, água, revistas, etc) e a indispensável manta de campismo. Livrei-me dos ténis e das meias e deitei-me ao sol (preciso de dar alguma côr a este corpinho, pareço um copo de leite), a ler a Sábado. Estava calor, mas como o vento também era muito não cozi. Foi agradável, só a manta sempre a “voar” é que me chateou um bocadinho. 😛
Depois segui para casa do Bruno. Outros 5 Km, desta vez por uma rota diferente. Passei por Vila Fria e ainda tirei por lá umas fotos.
Imagens como esta estão condenadas a desaparecer, à medida que se ocupam os campos agrícolas com edifícios de escritórios (um dos quais aparece na foto)…
Chegada a casa do Bruno, cravei-lhe uma sessão de manutenção à bicicleta para ver se eliminava uns ruídos irritantes (corrente e travões).
O meu historial com bicicletas engloba sempre “problemas” estranhos e barulhos aqui e acolá e cenas do género. 😛 Pelos vistos, enquanto eu estava no Parque, o Bruno esteve a dar umas voltas no kart por Leceia. Depois das afinações mecânicas ele “desafiou-me” para irmos andar mais um bocado – eu na B’twin e ele no KMX ST. Lá fomos, para a urbanização do campo de golfe. Vê-se nesta foto:
Chegámos a descer até à Fábrica da Pólvora, passando pelo LEF:
A descida é acentuada e o Bruno fez questão de ir a abrir. 😉 E eu a rezar para que ele não fosse a direito nas curvas. 😛
Depois de subirmos tudo de volta até cá acima, descansámos um bocado.
E eu posei no kart (não ando nele porque sou baixinha e implicaria ajustá-lo e isso seria cumbersome de estar sempre a fazer):
À noite, pedalei mais uns 3 Km até casa. Foi um dia fixe. 🙂
Ontem dei umas pedaladas de novo. Fui às compras ali ao Polisuper, no Casalinho Morais. São 4 Km de distância e fazem-se bem.
A caminho de lá, tive um episódio surreal. Ia a pedalar, junto à berma, e oiço um carro com música em altos berros a aproximar-se. Não olho pra trás mas apercebo-me que não vai passar depressa como a maioria, ia passar devagar mas rente, talvez, pensei eu. Tinha razão, mas havia um bónus. Um dos 5 ou 6 gajos dentro do carro vinha meio saído da janela e deu-me umas palmadinhas nas costas quando passou! E depois ainda grunhiu umas coisas quaisquer trocistas. Unbelieveble! I gave him the finger e mandei-o f****-se. Isto à frente de uma série de gente, homens a trabalhar nas obras do passeio que agora ladeia a estrada! De notar que eu não levava capacete e que aquele imbecil podia ter causado um acidente grave (independentemente do capacete). Se tivesse um calhau à mão tinha-o atirado ao carro. A sorte é que não havia nenhum semáforo ou assim logo a seguir. Deu-me uma raiva! Já estou habituada às grunhices de alguns automobilistas, mas esta foi nova. Pelo atrevimento e pelo perigo efectivo. Senti-me impotente e estúpida. Mas depois pensei, no final do dia, ele é que é o imbecil, cretino, e irresponsável. Ele é que é o ignorante, o idiota. Quero que ele se f*** e pronto. Não vou pensar mais nisso. Do ponto de vista sociológico, este tipo de incidentes diz muito do estatuto que alguém que se desloca de bicicleta tem na nossa sociedade. Ele não faria aquilo – ou algo igualmente abusivo – a alguém num carro ou numa mota. Ele fez aquilo porque achou que eu não tinha como impedir ou retaliar. Não lhe passou pela cabeça que eu poderia ser (ou vir a ser) sua professora, patroa, que poderia ser uma polícia, uma juíza, uma executiva. E se eu usasse as minhas connections pra saber quem é o dono de um carro vermelho de matrícula 05-67-KC que às 16h25 do dia 7 de Maio de 2007 fez uma coisa tremendamente perigosa contra outro utente da via pública? E se eu lhe encomendasse um enxerto de porrada? Ah, sonhos… 😛
Bom, passando à frente, no supermercado o mais parecido com um lugar de estacionamento para bicicletas é este poste de sinalização de trânsito…
Nesta foto vê-se a entrada do supermercado e o pilar onde eu costumava prender a bike antigamente:
Deixava-a presa ao segundo poste, porque tem um “corrimão” alto onde podia prender os cadeados e porque fica mesmo em frente à porta (fica visível). Depois passou a ser impossível porque passaram a ter lá o cartaz do Corte & Cose… 🙁 O outro poste seria the next best thing, mas falta o corrimão superior, e o de baixo fica demasiado em baixo. Acabo por prender a bike ao poste do sinal de trânsito e é se quero… Escrever uma carta a pedir um estacionamento para bikes é uma daquelas cenas na “to do list” que nunca mais faço… 🙁
À volta o meu cesto ia bem apetrechado, e isso notou-se nas subidas. 😛
No caminho tentei sacar umas fotos de mim própria a pedalar mas o resultado foi pouco satisfatório. Preciso de um braço mais longo. 😛
Nesse dia à noite ainda fui nadar! Estava a prever não me aguentar nem sequer os pobres 30 minutos da praxe, dado todo o pedalar acumulado desde o dia anterior, mas, estranhamente (ou talvez não!) aguentei bem, cansei-me menos e tive muito mais energia do que é costume! 🙂 Eu sei que o exercício físico me faz muito bem e imensa falta. Quando será que consigo ter uma vida organizada que inclua actividade física como deve ser?… :-/ *sigh*
ahahahah
dito por uma mulher:
“…carro vermelho de matrícula 05-67-KC que às 16h25 do dia 7 de Maio de 2007…”
o mesmo por um homem:
“…fiat punto GT avermelhado com jantes cromadas BBW e escape de potencia personalizado, vidros fumados a negro com…”
eheheh 😉
mas deixa lá, para o espaço que tens para andar de bicicleta, que é ridiculo (nem existe) não está mau, lembra-te, o Portugues diz sempre: “podia ser bem pior”
quanto à descrição do dia… adorei 🙂 mas os teus dotes para “auto-retrato a pedalar” são são muitos 😉
quando deixar de chover aqui, vou fazer o mesmo, ando com esta ideia à uns tempos, fazer o trajecto de casa ao emprego e vice versa com fotos e texto 🙂
lol Yah, se fosse o Bruno a ir naquela bicicleta (ou a estar comigo na altura) de certeza que a descrição do carro era mais exaustiva. 😛
bike rulez!
Só nao concordo com a tua conclusão sociológica! Ha anormais a deslocar-se de todas as formas. Aliás tudo se pode tornar uma moda por isso qualquer coisa com uma essencia, digamos, “pura” pode transformar-se facilmente.
Cumprimentos do norte
Olá serrabisco. 🙂 Sim, definitivamente, a dispersão de anormais é algo verdadeiramente democrático. 😛