Foi muito cansativo (dias de trabalho de 14 horas arrasam qualquer um), never boring, conhecemos os putos todos (ficámos “íntimos” principalmente dos cachopos dos outros expositores, lol), fizémos contactos profissionais promissores, conhecemos muitas pessoas, aprendemos muita coisa. Foi mesmo muito positivo. Era esta sensação que me faltava na escola, a sense of purpose, of usefulness, of going through all the problems, sacrifices and work, for a point, for a defined and not futile result.
Acho que a minha personalidade é talhada para este tipo de funcionamento, de trabalho por conta própria. Cada vez percebo mais isso. Talvez seja genético, o meu pai, os meus avós, os meus tios, o “empreendedorismo”, o trabalho independente, runs in the family. Alguns (ou nalgumas situações) é por necessidade, noutros por ambição, às vezes, ambas. Se não for o caldo genético será o cultural, afinal cresci no meio deles.
Uma coisa que não tem nada a ver, mas para a qual a minha irmã me chamou a atenção há tempos, foi que eu sou a segunda pessoa (e a primeira mulher) a ter feito um curso universitário (bom, quase, quase) na família do meu pai. Ele foi o primeiro. Do lado materno sou mesmo a primeira, em absoluto. Nunca tinha pensado nisso, acho que é um espelho da mudança social e económica do país nestes últimos 30 anos.
Estes últimos meses têm-me reforçado muito esta ideia de que o meu caminho de auto-realização terá que passar pela categoria de “empresária”, de trabalhadora por conta própria. Se não for no projecto actual será noutra coisa qualquer, geralmente ideias de trabalho não me faltam, vejo-me muito mais aflita ultimamente a decidir o que fazer no “lazer”. 😛 Acho que se chama workaholism, lol.