«Amanhã, é a primeira página em branco de um livro de 365 páginas. Escreve um bom livro.» ~Brad Paisley
Sê agente da tua própria vida, para que ela seja algo que crias e não apenas algo que te acontece. Busca acções deliberadas, não tenhas medo da mudança – de a iniciar e de a acolher, de olhar para ti própria, de pores tudo em causa, de discutires abertamente, de te manifestares, e do que está do outro lado depois de fazeres tudo isso. Não deixes a vida correr sozinha, tem força para “começar cada dia como se fosse de propósito”. Aplica discernimento e coragem ao escolher os riscos que queres correr – porque é sempre uma escolha, não há ganhos sem perdas, e nada está garantido.
Estas são as minhas palavras para mim própria, neste ano que termina, na véspera de mais um ciclo de 365 dias da minha vida.
Os últimos anos não têm sido bons. OK, na bigger picture até foram, comparando com uma imensa maioria de gente no resto do mundo tenho uma boa vida do caraças. Mas na smaller picture da minha vida não foram tão espectaculares. Não me reconheço, sinto-me depleted e vazia, desligada, sinto-me um falhanço em todas as áreas, os meus pensamentos são soturnos, não me sinto bem com a minha vida, não me sinto capaz de a mudar, só tenho dúvidas e incertezas. Sinto que a vida me acontece, e quando a faço, faço mal, faço aquém.
Sei e aceito que a vida tem os seus ciclos. Agora estás bem, depois estás mal, passas para o óptimo, depois para o assim-assim, de volta ao bem, a seguir queda vertiginosa para o terrível, volta a subir para o menos-mau, depois melhora para o bom, and so on. É bom, significa que estás vivo, e que és mais que um vegetal. E, claro, as depressões no gráfico ajudam-te a reconhecer e apreciar os picos. Simplesmente, os vales são uma merda, e as planícies são inquietantes – “nunca mais vêm os picos e os planaltos! Maybe they’ll never come.“. But then again, eu sou o tipo de pessoa que nos picos se angustia a pensar quando virá de novo a encosta para descer, e nas planícies quando virá um vale qualquer. Aquela sensação horrível de estares a usar tempo emprestado, alguém se distraíu, mas em breve virão cobrar-te.
Em 2015 quero conseguir ser mais corajosa, arriscar quedas e perdas maiores pela possibilidade de alcançar uma vida mais meaningful. Não espero felicidade, é um conceito efémero, difuso, quase intangível (a minha capacidade de sintetizar felicidade é muito diminuta). Busco simplesmente mais oportunidades de me dedicar a coisas com flow.
«Insanity: doing the same thing over and over again and expecting different results.»
~Albert Einstein