Abandoned Places

O Bruno mostrou-me este site há umas semanas. Na altura não tive muito tempo para explorar e vi pouco mais do que o hospital "Le Valdor".

Achei interessante a ideia do site, quer pelo valor "documental" de fotografar e publicar o património, quer pelo processo em si de o descobrir. Quando era miúda adorava andar "por aí" à descoberta. E não havia coisa melhor do que sítios abandonados! 😀

No passado dia 8 de Abril fomos, eu e o Bruno, a Sintra participar numa visita guiada a uma casa que ganhou um prémio de eficiência energética. Esta visita esteve englobada nas Jornadas de Ambiente da Quercus, que decorreram no dia anterior, em Fátima, e que tiveram como tema a Construção Sustentável, mais um tema que me é muito caro. Bom,mas isso será um outro post! 😉 Quando a visita acabou, no caminho de volta decidimos parar ao pé do mar para fotografar umas casas em ruínas que tínhamos visto a caminho das "Casa de Janas".

Ali naquela zona (Azenhas do Mar) havia uma série de casas abandonadas, e lá fomos explorar. A que eu gostei mais foi a "mansão" do Casal Três Marias", e também a casa "O Amorzinho", esta mais pela vista, talvez.

O Amorzinho

Interior de Janela n'O Amorzinho

Tirei centenas de fotos, muitas não ficaram nada de jeito, mas sou uma mera principiante nisto das fotografias. 😉 E como é tudo digital pode-se tirar mais para poder depois escolher, claro.

O Casal Três Marias foi o "mais explorado". Adorei andar lá por dentro, a espreitar, a torcer para que o chão não me caísse por debaixo dos pés, e o tecto não cedesse quando eu lá estava por baixo. 😛 É uma sensação estranha, mas engraçada, andar por um sítio onde sabemos que alguém habitou, em tempos. Pensar que o mais certo é essas pessoas já não estarem sequer vivas. É estranho entrar em casa de alguém sem estes saberem, é uma sensação de invasão de espaço, de desrespeito pela intimidade alheia. Fico a indagar-me sobre o porquê de uma casa tão grande, tão, bonita, e num sítio tão "apetecível" ter sido deixada ao abandono. Que histórias terá presenciado, de que alegrias e tragédias terá sido testemunha? Infelizmente, acho que aquela casa está demasiado degradada para poder ser simplesmente restaurada, suponho. É uma pena.

Eu acho que não devia haver construções perenes (principalmente de habitação) a menos de 1 km de distância da costa. Neste espaço só deveria haver caminhos pedonais e afins, parques, jardins e edifícios de apoio. Neste caso já há casas por todo o lado, por isso assumo que os impedimentos para a recuperação destas casa não sejam os legais, de ordenamento do território…

Com esta primeira experiência resolvi fotografar outros sítios e locais abandonados. Aqui em Oeiras já tenho alguns em mente. Já comecei pelos moinhos!

Criei um set no Flickr onde irei colocando as fotos seleccionadas (até porque o upload de fotos no Flickr é algo cumbersome). Para quem quiser espreitar, as fotos estão aqui, embora ainda não tenha tido tempo para colocar todas as que quero. Estas últimas semanas têm sido pavorosas, tenho tido tanto trabalho que ando exausta e sem tempo nem energia para fazer nada… 🙁

Bom, verdadeiramente interessante seria poder pesquisar as histórias por detrás destes sítios abandonados. Para que serviam, de quem eram, o que aconteceu para que acabassem ao abandono… Maybe in another lifetime. 😉

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