Ontem, por brincadeira e distracção, fiz este ‘teste de personalidade‘, depois de o Bruno o ter feito também. Sempre considerei termo-nos encontrado no mundo e depois termo-nos interessado um pelo outro e a seguir revelar-se que nos damos tão bem, como uma ocorrência em série de várias improbabilidades. E segundo estes resultados, é mesmo uma cena improvável, ele é um INTP, que são 4% da população, dizem, e eu sou uma INTJ, 0.8 % da população, e segundo a malta deste site, estas duas personalidades dão-se bem.
Não diria que me reconheço a 100 % nos resultados, mas anda perto o suficiente para ser interessante.
Pela primeira vez, apercebi-me de algo fundamental. Há traços de personalidade tão fortes que as flutuações normais ao longo da vida (ou de um ano, sei lá) não conseguem anular, ou mesmo esbater significativamente. Por mais que eu ache que “devia” ser mais isto ou mais aquilo, e menos isto ou aquilo, não está ao meu alcance alterar. Poderei ser menos tímida (e com os anos, muito stress de me obrigar a passar pelas coisas e a aprender a lidar melhor com elas) efectivamente tornei-me menos tímida. Mas continuo introvertida. Interagir permanentemente com outras pessoas deixa-me absolutamente exausta. E a falta de tempo para “olhar para dentro”, para observar, pensar, ficar quieta e calada, deixa-me a sentir-me vazia.
Sentir-me infeliz e frustrada a fazer coisas em que não sou naturalmente boa e a deixar de fazer outras que me dão naturalmente mais paz e satisfação é normal. Ser introvertido, etc, pode ser algo tão basilar e imutável na nossa arquitectura biológica quanto a identidade de género ou a orientação sexual.
Tentar ser o que não sou e fazer o que não gosto é como tentar ser “mais homossexual”. Ou tentar ser mais feminina ou mais masculina. Haverá sempre margem de manobra nesses espectros, podemos desenvolver-nos um pouco mais nesta ou naquela direcção se o desejarmos e houver oportunidade para isso, mas não podemos simplesmente mudar para o outro lado do campo. Podemos apenas tentar enganarmo-nos a nós próprios enquanto o tentamos fazer, mas o falhanço será inevitável. Tentar contrariar traços fortes de personalidade é extenuante. E – percebo melhor agora – estúpido, fútil.
Estou farta de lutar contra mim mesma e contra os outros. Nunca serei uma pessoa contente e satisfeita e tenho que aprender a aceitar isso. A minha busca pelo “constant improvement” não me levará à felicidade mesmo que seja sempre bem-sucedida, mas estou wired para o perseguir e é isso que me dá gozo fazer, que me faz sentido.
Tenho que mudar a minha vida, sei exactamente como queria que ela fosse, mas falta-me o essencial: como passar daqui para lá. Como livrar-me da teia actual, saltar por cima do “impending doom“, e fazer a minha vida ser o que eu quero que ela seja.
Deve haver para aí um livro qualquer de auto-ajuda com a solução.
Estive a fazer o inquérito e sou um INFP. Parece-me bastante próximo da realidade. Isto faz-me lembrar o filme Divergent: http://www.imdb.com/title/tt1840309/?ref_=nv_sr_1
hás-de ver.
Sim, vimos esse filme aqui há uns tempos e também achámos interessante.
Eu sou ENTJ e diz o teste como parte de um trabalho para melhorar as interacções no grupo de trabalho. O teste foi feito pelos recursos humanos.
O interessante é que sabermos o nosso mas também o dos colegas ajudou nos a interagir melhor.