Bom, depois de enviar este e-mail, recebi esta resposta:
Em resposta ao V/ e-mail, o qual desde já muito agradecemos, as chamadas áreas multifunções, ou seja zonas amplas para permitir o transporte de passageiros de mobilidade reduzida que utilizem cadeiras de rodas, o acondicionamento de carga volumosa tal como carrinhos de bebé, bicicletas e malas de viagem, fazem parte desde há vários anos da configuração interior do material circulante novo/modernizado para os serviços urbano e regional.
As novas Unidades para a Linha de Cascais não serão excepção a este princípio.
Pensei que estivessem a falar de outra linha de Cascais… E enviei novo e-mail:
Boa tarde,
Lamento ter que discordar, mas tal coisa não existe ainda, pelo menos na linha de Cascais, que é que conheço e uso regularmente há vários anos.
Refiro-me a carruagens desenhadas de modo a poder acomodar bicicletas, prendendo-as de modo a que o dono se possa sentar, ou pelo menos não ter que ficar junto à bicicleta a segurá-la.
Refiro-me a carruagens que tenham espaço para as bicicletas sem que estas impeçam o acesso ou uso de lugares sentados, ou que impeçam ou embaracem a circulação dos outros utentes (sem ou com bicicletas ou
outros acessórios volumosos) nos corredores e a entrada e saída pelas portas para o exterior e inter-carruagens ou para a zona do maquinista.Refiro-me a carruagens que acomodem mais que 4 bicicletas (que considero ser o máximo das de Cascais (2 em cada ponta). Falo de bancos rebatíveis, suportes para bicicletas, etc.
Não digo que todas as carruagens de cada composição deveriam ser assim, obviamente, apenas que cada composição deverá ter 1 destas carruagens. E apenas digo que este novo lote de carruagens é uma oportunidade para isto, que a ser perdida será um erro estratégico da CP, e que poderá sair caro politicamente.
Grata pela atenção.
Cumprimentos,
Aguardo a resposta.
Outros sinais: a REFER colocou calhas para bicicletas na passagem pedonal aérea da estação de comboios de Belém, mas não nas escadas que dão acesso às plataformas, as calhas são apenas para os ciclistas que precisam de passar de um lado para o outro, os clientes da CP não merecem tantos cuidados.
Ver mais fotos aqui. Nota: parabéns pelas calhas! São um progresso, mesmo que ainda côxo. 😉 O novo interface da estação do Cais do Sodré não tem estacionamento para bicicletas (a intermodalidade, a mobilidade sustentável, etc, ficaram só nos discursos políticos), e os utilizadores de bicicleta em regime de co-modalidade com os comboios não foram lembrados especificamente ao implementar os novos portões de acesso às plataformas dos comboios (são talvez poucos e à justa).
E não vamos falar na falta de condições para optar por viagens em bicicleta + comboio fora das linhas urbanas…
O Bruno fez anos há dias e pensei em irmos passar um sábado a Évora, conhecer a ecopista, passear de bicicleta. Perdi horas de volta dos sites da CP, Fertagus, Transpolis… Não há maneira, só os Regionais toleram as bicicletas, e não dá. Optámos, contrariados, por tentar ir (talvez no próximo fds), sem bicicleta (alugamos lá), usando um Intercidades. Vivemos na Idade da Pedra, fogo…
Actualmente a CP apenas tolera as bicicletas, ainda não encara os seus utilizadores como um mercado apetecível… Que raio de visão estratégica comercial…
Um vídeo de uma acção subversiva em Espanha aqui:
🙂
Para Renfe parece misión imposible, pero un grupo de ciclistas ha desmontado 2 asientos del TRD de Teruel para demostrar que es sencillo habilitar un espacio para bicis en él.
El sábado 7 de marzo de 2009, un grupo de cicloturistas ha desatornillado dos asientos del Tren Regional Diésel (TRD) que circulaba haciendo la ruta Valencia-Teruel-Zaragoza, y ha colocado una bicicleta en su lugar, sin interrumpir la circulación del tren ni ocasionar molestias a ningún viajero.
Se trata de una acción de protesta, en la que el grupo ciclista quiere mostrar gráficamente que es muy sencillo habilitar un espacio para bicicletas en este tren, al que ahora mismo está prohibido acceder en bicicleta.(…)
Cá não sei se isso é um argumento, mas aqui fica a iniciativa de nuestros hermanos. 😉
[Via]
Ahah, adorei os Espanhóis. Fight da power!
Eheheh, yah, eu diria, become the power. 🙂
Por acaso não poder transportar bicicletas sem ser em regionais é mesmo irritante. Onde eu sou natural vão organizar um raid (2º raid saloios) e os meus amigos aqui de Faro (onde estudo) gostavam de ir. Mas e levar para lá bikes? Só de carro porque de transportes tivemos a ver é é praticamente uma missão impossivel (pelo menos não encontrámos nada).
A mesma coisa se passa comigo e com minha namorada. Gostávamos de ir 2 dias para um sítio para lá passearmos de bike, mas ter de ir de carro (€€€€) não podemos ir todas as vezes que queriamos. >.<
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