Hoje fiz a coisa mais autónoma, de maior responsabilidade e mais importante da minha vida (logo a seguir ao começar a namorar com o Bruno, claro).
Algo que espero me venha a permitir:
- fazer algo que verdadeiramente me entusiasma e me dá prazer
- investir o meu tempo, trabalho e empenho numa causa social em que acredito e num projecto com retorno visível
- alcançar a minha independência económica
- ter poder para fazer as coisas à minha maneira e aplicar as minhas ideias, criatividade e valores
- ser autónoma, gerir o meu tempo e os meus projectos, trabalhar onde, quando e com quem quero
- não desempenhar funções monótonas ad eternum, viajar, ver lugares e ideias novas, organizar coisas, estar ao ar livre
Hoje, criei a minha primeira empresa. Agora eu e o Bruno já nos podemos tratar por “ei, sócio!”, lol!
Fomos tratar de tudo através da Empresa na Hora num Centro de Formalidades de Empresas em Lisboa e o processo demorou apenas 3 horas (embora a senhora tenha dito que esta semana têm tido menos afluência que o normal). Não tivémos que escolher um nome da lista porque já tinhamos pedido (online) (e visto aprovado) o certificado de admissibilidade para o nome e objecto social da empresa. Foi tudo rápido e ficou tudo tratado. O que falta pode-se fazer online. Hurray para o Simplex! 🙂 Claro que enquanto esperávamos espalhámos mais uns CDs do UBUNTU, eheheheh! 😉
Temos imensas ideias e projectos a que nos gostariamos de dedicar, mas vamos fazer isto com muita calma e ponderação. Não temos pressas, isto está a começar ainda e por uns tempos será apenas uma actividade paralela secundária. No início tinhamos pensado nisto simplesmente para ser sempre uma actividade paralela, mas a ideia cresceu e agora temos sonhos maiores. Não estamos a prever (nem a tentar :-P) enriquecer à custa disto, mas se nos pagar as contas e nos der mais gozo aos nossos dias valerá sempre a pena. 🙂 Cada vez tenho mais noção da importância de ter um trabalho adequado a nós e que nos satisfaça. Passamos a maior parte do nosso tempo e da nossa vida a trabalhar. É bom que seja em algo em que acreditemos, que nos dê prazer fazer, e onde vejamos o nosso esforço dar frutos palpáveis e ser reconhecido.
Há pessoas que podem passar bem com um trabalho de que não gostam, desde que o que está à volta (família, lazer, hobbies, etc) preencha o vazio e compense o resto. Eu não sou assim. Eu sou muito work-oriented. Os meus interesses são muito “utilitários”. Eu preciso de estar a fazer coisas de algum modo úteis para alguma coisa. É isso que me dá gozo, que me realiza. “Construir” algo. Este blog é a manifestação mais óbvia disto. Os meus posts são sempre com tendências informativas. O número de posts mais pessoais e sobre divagações mais filosóficas (que adoro escrever também) são mais raros. Aliás, cada vez mais raros, mesmo! Nota-se isso na transição do blog no Spaces para este. Muitas vezes sinto falta de escrever sobre as minhas teorias, emoções e impressões mais pessoais do mundo e das coisas. Mas geralmente essa escrita exige-me mais tempo e mais “cabeça”, algo que não abunda ao longo da semana de trabalho… 🙁
Estou mesmo entusiamada com este projecto! É o melhor 3 em 1: auto-sustentar-me economicamente + trabalhar numa paixão + poder investir o meu tempo em algo que realmente ajuda a mudar o mundo! 😀 Querem melhor rentabilidade do tempo de cada um?
Acho que nunca estive tão contente e tão entusiasmada com um projecto, e simultaneamente tão ansiosa e assustada. Tenho medo de não ser capaz de resolver os problemas, de levar as coisas a bom-porto, de encontrar os filhos-da-puta deste mundo e ser enganada, abusada ou roubada, de not deliver.
No entanto, apesar dos receios, sinto que é isto que eu quero fazer, que é isto que eu tenho que fazer. Problemas tenho-os tido e resolvi-os, tenho superado as fases más, os contratempos, o desânimo, o desalento, os imbecis e os sacanas (categorias às vezes overlapping…) com quem tive que lidar e que me lixaram a vida e o juízo. Fiz (bom, estou quase, espero!) esta porcaria de curso até ao fim ao longo de muitos anos de solidão num local e com pessoas a que nunca senti the feeling of belonging. E fiz tudo so-zi-nha. Estudei e trabalhei por minha conta, e não tive abébias de colegas, nem nunca fui infiel aos meus princípios e aos meus valores. Conseguir isso, ficar com uma nota minimamente razoável e ainda não ter ido parar ao sofá do psiquiatra ou à ala dos malucos num hospital, já é um grande feito para mim. 😛
Talvez a idade e o acumular de experiências ainda sirvam para alguma coisa além das rugas. Tenho que aprender a confiar mais em mim, e nas minhas características mais marcadas, pois têm-me valido bem até agora. Felizmente tenho um namorado 7 estrelas que me dá injecções de confiança regulares. 😉
Tenho, finalmente, pela frente um caminho (ou pelo menos uma direcção) que eu escolhi totalmente e que me entusiasma, e tenho ao lado a pessoa certa para o percorrer comigo. Eu adoro viagens, e estou na melhor em paisagem e companhia. 🙂
At least today, life looks good. 🙂