Hoje fui ver como a nota do estágio me poderia influenciar a nota final. Até aqui fiz sempre as contas com a fórmula antiga, que usava os créditos das cadeiras e a respectiva ponderação, até porque quando escolhi o regime de transição em 2004 os ECTS das cadeiras estavam sempre a mudar…
Hoje fiquei muito contente quando vi que se conseguisse um 18 no estágio dava para ficar com 15 de nota final. Claro que as probabilidades de ter um 18 são remotas, mas uma pessoa tem que sonhar um bocadinho às vezes. 😛 Entretanto lembrei-me que o cálculo podia ter mudado por causa de Bolonha. Fui ao CLIP e agora já aparece a média aritmética e a ponderada. Fui actualizar a minha folha de cálculo com os valores dos ECTS e lá refiz as contas. Nem que tenha um 20 acabo com 15… Bolas. Tanto trabalho, tanto tempo, para fazer 36 cadeiras + este estágio. E no fim, fico com uma nota merdosa, já me esqueci da maior parte das coisas que aprendi e a minha vida não ficou melhor por todo este sacrifício.
Maldita hora em que deixei as professoras de Ed. Física de de Físico-Química convencerem-me (embora eu estivesse muito dividida) a ficar naquela escola (e no agrupamento 1) em vez de seguir para artes e mudar de escola. Podia ser agora uma arquitecta com especialização em construção sustentável! Ou arquitecta de interiores ou designer de equipamento.
Sabiam que um projecto de arquitectura de interiores para um café-pastelaria-bar pode custar uns 5500 €?
Sabiam que não é “exigido por lei” que um estabelecimento destes, construído/montado agora tenha as infraestruturas preparadas para pessoas em cadeiras de rodas, nomeadamente que tenha um WC adequado? E as pessoas acham normal!!
Sabiam que fica caríssimo ter uma geladaria? Os aparelhos normais dão muitos problemas técnicos e a qualidade é má, cria uma película de gelo por cima dos gelados, por exemplo. Um aparelho mesmo bom, eficaz, custa uns 3000 contos! Um exemplo é o da Stuppendo, no Oeiras Parque.
E pelos vistos não se pode tornar um sítio destes mais eficaz energeticamente colocando uns vidros duplos porque os vidros para estabelecimentos públicos têm que ser daqueles como os dos carros, que se se partirem ficam aos bocadinhos para não ferir as pessoas…