Primeiro, preparo-me a mim e à bicicleta (nestas andanças levo a B’twin, a Mobiky é para outro tipo de necessidades):
Desta vez, por acaso, levei capacete, mas é raro. Os acessórios indispensáveis são os clips para prender as calças, as luvas (estas são de Verão), e os óculos (como estava quase de noite, levei as lentes “brancas”). O capacete à noite e com tempo fresco ou até frio não me incomoda, pode até poupar a mioleira do vento frio, mas durante o dia, no Verão, detesto usá-lo.
Depois de me certificar que tenho tudo (sacos de compras, cadeados, mala, luzes e os tais acessórios, saio de casa…
e faço-me à estrada.
São poucos quilómetros até ao supermercado, talvez uns 4 km, e para lá vai-se bastante bem, quase sempre a descer. Para cá é pior, mais tempo em subidas, e com a bicicleta carregada. 😉
Chegada ao Polisuper, prendo a bicicleta ao poste do sinal de trânsito mais próximo da porta:
Faço as minhas comprinhas e volto para a bicicleta:
Desta vez estreei um saco de compras reutilizável, “heavy duty“, que comprei na Intercasa (more on this on another post), mas tenho que afinar a estratégia para o usar com a bike. Adiante. Após um anormalmente longo e complicado (devido à inovação com o tal saco) período de organização e arrumação das compras nos dois alforges (estava a ver que não cabia tudo, mas isto já é costume, “esqueço-me” que o porta-bagagens é mais limitado que no carro), lá consegui pôr tudo lá dentro. Ficaram cheios até não dar mais, e pesados, claro.
E faço-me à estrada de novo, a caminho de casa, que a minha mãe estava à espera dos bifes para fazer para o jantar. 😉
Cheguei a casa sã e salva, in one piece, bem como a mercadoria toda.
Só há relativamente pouco tempo corrigi a enorme falha que era andar sem luzes. Só tinha a luz vermelha atrás que veio com a bicicleta, e os reflectores dos pedais e das rodas. Depois comprei uma luz de sinalização que pus à frente e uso a piscar, e uma lâmpada para iluminar o caminho. Entretanto mudei os pneus para uns mais “urbanos” que têm um rebordo lateral reflector. Os alforges também têm cenas reflectoras. Já estou melhor. 🙂
Depois destas pedaladas é importante fazer um alongamento.
Agora, a análise da viagem, em termos de transporte de carga:
Fui buscar uma balança para ver o peso da mercadoria que transportei desta vez:
Ora bem, são cerca de 11 kg (e falta a carne que a minha mãe levou logo):
Deu para trazer isto tudo (mais a tal carne):
Nada mau, embora por vezes desse jeito um pouquinho mais de capacidade de carga (me aguardem, estou a tratar disso, eheheh!).
E pronto, volto a pôr o veículo na “garagem” (a.k.a. hall de entrada):
Em termos de upgrades, recentemente comprei um computador de bicicleta todo xpto, porque queria um que me mostrasse a cadência de pedalagem. 😛 Sou geek, eu sei. O outro, mais simples, passei-o para a Mobiky. Sinceramente gosto mais deste do que o outro mais sofisticado, era mais intuitivo e simples. Enfim, não se pode ter tudo. Comprei ainda um outro kickstand, porque o que escolhi inicialmente na altura em que comprei a bicicleta não se aguenta com ela carregada. Agora tenho 2, que é por causa das tosses. Outra cena útil foi um espelho retrovisor, que dá imenso jeito (este já é o segundo, o primeiro partiu-se numa vez em que o meu irmão levou a bicicleta a um sítio qualquer e passou demasiado perto de uma pessoa…). Outra coisa foram umas pastilhas de travão. A ideia era comprar umas que me poupassem disto:
Ficar com a roupa e os sapatos assim cada vez que pegava na bicicleta e ia a algum lado era chato, especialmente se vamos ter com alguém ou coisa do género. E então comprei umas pastilhas mais caras e aparentemente xpto com 3 zonas diferentes com cores diferentes e blá blá blá.
Resultado: não voltei a ter o problema das calças salpicadas de pintas pretas, mas passei a ter um aviso sonoro integrado de cada vez que usava o travão da frente (aquele que mudei), tal chiadeira é algo que me lembra a minha dolescência e a minha BMX Turbo. 😀 É a tal coisa, não se pode ter tudo, não há coisas perfeitas para todas as situações… 😛
Ah, no que toca às soluções de transporte de carga, já passei por 3 estádios:
1 – Os sacos de plástico cheios de compras, pendurados de ambos os lados do guiador. Not very safe, mas foi assim que usei a bike para ir à mercearia e afins durante muitos anos enquanto criança e adolescente. I didn’t know better at the time.
2 – A grelha de bagagem com um cesto de metal em cima. É prático de usar, tira-se o cesto e usa-se em vez dos da loja, e depois é só encaixar de novo na bicicleta. Mas tem uma desvantagem grande, os sacos e as coisas dentro deles podem saltar se não prender tudo muito bem, e tornam a bicicleta extremamente instável, pois deslocam o centro de gravidade muito para cima.
3 – A grelha de bagagem com os alforges. Dá muito jeito para levar tudo e qualquer coisa, fecham-se e não se vê para o interior. Mantêm o centro de gravidade mais baixo, o que oferece mais estabilidade e manouvreability do que a opção do cesto em cima. É este o sistema que uso actualmente, mas ainda não é perfeito (is anything perfect, anyway?). Às vezes sinto a bicicleta a oscilar um bocado. Primeiro não percebia de onde vinha aquilo. A minha sensação é que tinha uma roda empenada, prestes a saltar, sei lá. Depois pensei melhor e acho que o problema é do design da grelha de bagagem + alforges:
Acho que a grelha forma um triângulo de lado que fecha muito cedo, em cima. Deste modo, os alforges estão apoiados apenas sobre um tubo, presos com um fecho velcro, e acabam por oscilar ao longo da direcção da bicicleta, para trás e para a frente (enquanto que no caso do cesto a tendência de oscilação, da força, era transversal à bicicleta, para a direita e para a esquerda).
Enfim, live and learn (or try stuff out and learn). 😉
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