Depois de bash_completion, command_not_found

Para quem não conhece o bash_completion, não é mais que um conjunto de scripts que nos ajudam mais do que o habitual TAB para completar a linha de comandos.

Habitualmente quando a TAB é usada na linha de comando, surgem sugestões para completar o que começámos a escrever. Estas sugestões baseiam-se em comandos internos da bash, em aplicações que estejam na PATH ou em nomes de ficheiros do directório actual.
Com o bash_completion, não só temos a funcionalidade original, como sugestões de opções para alguns comandos, filtros de tipo de ficheiro por aplicação (executando um editor de imagem só nos são sugeridas os ficheiros do directório actual que são imagens editáveis por esse programa), nomes de utilizador, ips/hosts que estão no nosso ~/.ssh/known_hosts (se o ssh estiver configurado para guardar os ips/hosts, que não está no Ubuntu), páginas do manual (manpages), etc.

Além disto a uma vez que este sistema se baseia na possibilidade de programar o mecanismo de sugestões, a funcionalidade pode ser ampliada pelo utilizador através de novos scripts.

Como é parte da própria bash, nalgumas distribuições o bash_completion é instalado aquando da instalação do pacote bash. No Ubuntu podem activar este sistema de sugestão modificando (apagando o #) o final do ficheiro ~/.bashrc

#if [ -f /etc/bash_completion ]; then
# . /etc/bash_completion
#fi

Hoje no Feisty foi introduzida como recomendação do pacote ubuntu-standard um novo sistema de sugestões, o command_not_found. Este script verifica se existe disponível para instalação nos repositórios de software um determinado comando introduzido que não tenha sido encontrado, dando instruções de como instalar a aplicação referente a esse comando.

Ao contrário do bash_completion, o command_not_found vem activado por omissão em /etc/bash.bashrc. Basta executar um comando inexistente para ver o resultado:

$ kismet
The program ‘kismet’ is currently not installed. You can install it by typing:
sudo apt-get install kismet
Make sure you have the ‘universe’ component enabled
bash: kismet: command not found

🙂

Iniciar a navegação livre do cubo com o rato no Beryl sem usar o teclado

Talvez isto seja trivial, mas apercebi-me que funciona agora. Basta activar a rotação do cubo quando o ponteiro do rato está nos lados do ecrã:

beryl-rotate-near-edges.jpg

Aquando de rodar o cubo usando a roda do rato no extremo lateral do ecrã, carregar no botão do meio assim que o efeito inicia para segurar o cubo em modo de navegação livre. 🙂

Planet B-Boy – O documentário

Como é sabido mas não faz mal reiterar, o Breakdance não morreu. Continuam a existir breakdancers por todo o mundo tendo também surgido novos estilos de dança inspirados por este. Para celebrar este estilo de dança nascido nas ruas do Bronx vai sair este ano um filme dedicado à presença dos b-boys e b-girls por todo o mundo.

planetbboy.jpg

Espreitem o trailer.

Como é um esforço independente duvido que isto chegue a Portugal, resta esperar que seja disponibilizado posteriormente na Web. 🙂

Espreitem mais informação no site oficial do filme (infelizmente todo em Flash 🙁 ).

Ubuntu Feisty + Beryl + ATI Radeon 9600XT = Quase perfeito com o AIGLX e o módulo radeon do Xorg!

Esta placa (ATI Radeon 9600XT) funciona quase na perfeição e praticamente a toda a velocidade com o Beryl mais recente disponível no servidor do projecto e acima de tudo com os drivers livres disponibilizados pelo Xorg! Brutal! Acabou-se o fglrx cheio de bugs, instabilidade e mais dia menos dia sem suporte para esta placa gráfica!

Não é preciso usar o Xgl, basta o AIGLX que faz parte do Xorg 7.2 incluído no Feisty! 😀

Sigam os passos descritos no Wiki do projecto Beryl, activem o módulo radeon do Xorg (desinstalar o fglrx será necessário) e deverá funcionar. Algumas coisas são um pouco lentas, como o desvanecimento das janelas, mas basta desactivar essas funcionalidade mais lentas que as outras funcionam bem. O cubo, por exemplo, até com transparência funciona sem abrandamentos notórios. Um Beryl e um módulo radeon mais optimizados não estarão assim tão distantes.

Quando vemos os outros sistemas operativos a ser mais exigentes (propositadamente) no hardware e o nosso a cada versão fica mais rápido, mais eficiente, mais bonito e funcional, torna-se ainda mais reconfortante uma escolha que já sabíamos certa.

Reitero que algumas funções têm algum abrandamento, nomeadamente qualquer tipo de desvanecimentos de janelas, se não conseguirem lidar com isso, desactivem o Beryl. 🙂

Simulador Rigs of Rods

Rigs of Rods é um simulador em desenvolvimento criado com o intuito de simular a condução de camiões.

Extendido para suportar outros veículos como aviões e agora barcos, o seu autor abre caminho para a possibilidade de criar jogos com temas variados e com uma simulação bastante exacta das condições de condução dos diversos veículos.

As últimas actualizações ao motor mostram o seu trabalho para simular água e barcos e comparadas com simulações realistas e filmagens de barcos verdadeiros, ficam muito próximas, ficando a faltar apenas os efeitos mais avançados da dinâmica da água (projecções da água com o embate do barco, etc).

O autor do simulador lançou um vídeo no blog do simulador onde mostra o estado da simulação das condições de alto mar:

screenshot-youtube-high-sea-swells-in-rigs-of-rods-mozilla-firefox.png

Para comparação e referenciado pelo autor na mesma mensagem do blog do simulador está um vídeo com filmagens de um barco em alto mar e uma simulação real em escala reduzida:

screenshot-youtube-abeille-flandre-mozilla-firefox.png

Já prevejo o lançamento de packs de missões para uma versão 1.0 do RoR do tipo “Titanic”, “Viagem de Vasco da Gama à Índia” e afins. 😀

Só falta adicionar suporte para bicicletas! 😉

Cyclecide – performance a pedal

coachella_small.JPGO grupo Heavy Pedal Cyclecide Bike Rodeo define-se como um clube de mecânicos que altera bicicletas, músicos mariachi-punk e palhaços psicóticos que adoram bicicletas, cerveja e pirotecnia. São uma feira a pedal viajante com bicicletas construídas pelos seus membros, cheios de imaginação, que como referem, proporcionam diversão a doentes mentais de todas as idades.

A MAKE: teve oportunidade de visitar a sede da loucura deste grupo e aproveitou para tirar algumas fotos.

carousels.jpgNo site do grupo referido acima é possível encontrar fotos e alguns vídeos das performances que vão ocorrendo e saber onde ocorrerão as próximas, infelizmente apenas no continente americano. Existem também fotos das várias máquinas a pedais, da mais aparentemente normal bicicleta a carrosseis a pedal!

As formigas odeiam-se, mas trabalham em conjunto…

As rivalidades no escritório ou em qualquer local de trabalho não são novidade, mas quem diria que nas formigas, uma das espécies mais bem sucedidas do mundo também devido à sua fantástica capacidade de trabalho em equipa, isso é algo generalizado?

Parece que quando várias raças de formigas partilham o mesmo território, embora elas não gostem umas das outras, trabalham em equipa porque cada raça tem capacidades diferentes e como tal conjugam-se para vingar. Umas são melhores a pesquisar comida, outras a defender a colónia, outras a fazer outras tarefas típicas de formiga. Até existe diferenciação nos tipos de comida que as várias raças são melhoras a pesquisar! Existe porém uma raça capaz de fazer tudo, mas são vulneráveis a uma mosca que as usa como hospedeiro das suas larvas. Quando este tipo de mosca existe nas proximidades das suas colónias, outras formigas fazem as suas tarefas. 🙂

Retenção de dados na Europa

Sobre esta questão importante, pode ser vista uma conferência com o título “Hacking Data Retention dada na 22ª edição da convenção anual do Chaos Computer Club na Alemanha. Como é explicado, tal legislação não foi implementada nos EUA, porém por cá parece que isso não é tão certo

Como Brenno de Winter mostra na referida conferência, a implementação disto será um absurdo completo. A privacidade é um direito! Não só querem legislar sobre algo que não devia ser possível, como o facto de reterem informação sobre as pessoas, logo violando a sua privacidade indo isto contra os seus direitos básicos, o que demonstra que não se trata de as proteger. Além disso, alegam querer uniformizar as leis e deixam a cargo de cada país certas definições da legislação, como o prazo de retenção, ou outras variáveis, que deitam por terra qualquer uniformização possível.

Como se não bastasse colocarem em causa um direito fundamental como o é a privacidade, é facilmente compreendido que os dados retidos não são suficientes para nada num panorama mais geral. Existe vária informação que não será retida (blogs, fóruns, etc) o que torna a retenção de alguma sem sentido, já que não garante nada.

O facto das correlações nos dados retidos, dada a sua quantidade, virem a ser feitas por algoritmos é bastante assustador (os algoritmos não costumam ter senso comum 😛 ) e pode levar a que haja inocentes acusados de crimes, intenções de os cometer, terrorismo (a questão da moda), sem razão. Se por um algoritmo desconhecido o sistema decide que não gosta de uma pessoa e isso torna-lhe a vida mais complicada (alguma indicação em como a pessoa não é confiável, por exemplo), sendo esta inocente, caminhamos para tempos complicados.

Por este motivo, aconselho a visualização de outra conferência também dada na 22C3 com o nome Covert Communication in a Dark Network sobre o futuro da Freenet, ou a sua versão 2.

Começa a chegar um tempo em que já não é apenas em países como a China que o estado filtra, analisa e persegue pessoas por causa dos seus blogs e das suas ideias, mas também numa Europa que se pretendia ser evoluída isso pode começar a acontecer…