Apresentações: temporizadas e medição de prestação

Em preparação do CycleHack Lisboa, estava à procura de uma forma para automatizar apresentações e descobri uma aplicação para apresentação de documentos PDF e imagens que permite além de fazer apresentações temporizadas, medir a nossa prestação enquanto fazemos a apresentação.

A aplicação chama-se Impressive, e é ideal para quem procura uma solução simples para organizar uma Pecha Kucha, ou outro tipo de evento em que as apresentações têm um limite de tempo por slide, ou por apresentação (o tempo por slide é calculado automaticamente).

Corre na linha de comando, o que é bom para usar em scripts e criar sequências de apresentações automatizadas e está disponível na biblioteca de software de várias distribuições de Linux ($ sudo apt install impressive), mas também para OSX e Windows.

Se não quisermos ter uma apresentação temporizada, mas quisermos saber se a nossa apresentação manual está bem desenhada, usando a opção –tracking, temos no final da apresentação uma tabela com o tempo passado em cada slide, para podermos melhorar a nossa apresentação enquanto treinamos.

GPT + MBR c/ rEFIt

Estava a usar no MacBook uma tabela de partições híbrida GPT/MBR para poder correr Linux. Para facilitar instalei o rEFIt que permite colocar o boot directo para o SO não Mac OS (legacy), e mostra o menu por omissão sem precisar estar a carregar no Option.

Tinha preparado para montar um disco maior e tinha-lhe instalado o mesmo esquema, com o Ubuntu Karmic Koala. Ora quando tive oportunidade de trocar os discos, actualizei o Ubuntu desse disco maior para o Lucid Lynx que trouxe com ele o grub2. Ao reiniciar, o grub dava um erro que tornava impossível arrancar o sistema, a shell do grub era a de rescue, e não conseguia carregar o módulo com a shell normal. Como o rEFIt não arranca o Linux directamente de uma pen usb (dá um erro qualquer que me parece ser limitação dos Macs, que só arrancam o Mac OS dessa forma), fiquei bloqueado até ter um CD/DVD do Ubuntu à mão. 🙁

Quando arranjei o CD, pensava que o problema era do grub estar mal instalado. Voltei a instalá-lo na partição onde tinha a root e continuava a ter erro. Como esta partição era a 5ª e o MBR só mostra as 4 primeiras, deduzi que talvez o problema estivesse relacionado. Decidi remover uma partição genérica que estava antes mais a swap (2GB de RAM com desenhos grandes no Inkscape por vezes precisam da swap) e mover a root para trás. Como não apaguei a root, ficou com o mesmo número. O problema do grub manteve-se, embora não saiba ao certo se exactamente por isso. Como o MBR é independente da GPT, acabei por resolver o problema instalando o grub no MBR. Não afectou o boot principal e ficou reconhecido pelo rEFIt, carregando o Linux correctamente.

Como tinha instalado o grub primeiro para a partição, acabei com 2 entradas no menu do rEFIt, uma do MBR (que ficou a funcionar) e outra da partição que também tinha o grub e não funcionava. Como no rEFIt ele não indicava qual era qual, seria interessante remover o grub da partição para eliminar a opção de boot que não interessava.
Procurei se alguém tinha tido esta necessidade, mas a maioria dos resultados da pesquisa era alguém a procurar uma solução para remover o grub do MBR, e as soluções indicadas para remover de uma partição passavam por apagá-la, que não era de todo uma solução que me servisse, dado que a partição já tinha o sistema instalado.

Acabei por decidir experimentar fazer o mesmo procedimento usado para limpar o MBR, mas com a partição, usar o dd e limpar o sector inicial da partição em causa: dd if=/dev/zero of=/dev/sda5 bs=512 count=1 e funcionou. 🙂 No MBR apenas os primeiros 446B são usados para guardar o boot loader, por isso limpar o sector todo implica apagar também a tabela de partições (daí 446B em vez de 512B), assumi que esse não era o caso com o sector da partição independente, dado que este não necessita guarda essa informação.

Entretanto enquanto estava pesquisar alguma informação para escrever este post, encontrei uma página que explica uma situação semelhante, de instalar o stage1 do grub numa partição por engano.

Será possível usar o grub2 na vez do rEFIt (dado que já suporta GPT) e deixar de ter este esquema do MBR no GPT ❓

Icones em falta no tema Tango no Ubuntu?

Pelo menos aqui faltam os ícones dos bookmarks no menubar do gnome-panel que revertem para os do gnome.

Uma solução simples é:

 for i in {16x16,22x22,24x24,32x32}; do \
sudo ln -s /usr/share/icons/Tango/$i/places/folder.png \
/usr/share/icons/Tango/$i/places/inode-directory.png; done ; \
sudo ln -s /usr/share/icons/Tango/scalable/places/folder.svg \
/usr/share/icons/Tango/scalable/places/inode-directory.svg ; \
sudo ln -s /usr/share/icons/Tango/scalable/places/folder.icon \
/usr/share/icons/Tango/scalable/places/inode-directory.icon ; \
sudo gtk-update-icon-cache /usr/share/icons/Tango

Depois pode ser necessário esperar que o ícones sejam actualizados, ou abrir o gnome-appearance-properties que ele trata disso.

screenshot

O tema que estou a usar é feito por mim a partir do FreshLight e de uma versão qualquer do Murrina. Está feito sem suporte para mudar as cores, isso talvez seja algo que mude mais tarde. Se alguém quiser experimentar, está aqui. Usa o engine murrine e o tema de ícones Tango. Não deve funcionar muito bem sem composite do Compiz ou Metacity por causa da falta de contornos e tal, mas com as sombras funciona bem, pelo menos para mim. 🙂 Pode ter bugs em algumas aplicações, mas ainda não me apercebi de nada. 😀

Tema Claro Minimal

Miscelânea #1

O que será dos Stephen King do futuro? -> Cientistas extraem imagens directamente do cérebro

Será uma verdadeira alternativa ao Android? Mas qual será a abertura do sistema? -> Palm lança novo OS baseado no Linux

Até que enfim que um tema escuro proposto para o Ubuntu é algo mais interessante que um cinzento escuro e pálido como é o DarkRoom! Agrade-me, apesar de não ser muito fã de temas escuros… -> Desenvolvimento do tema Dust

Um estudo com conclusões totalmente imprevistas! NOT 😛 -> Andar de cu tremido para todo o lado faz as pessoas ficarem gordas

Quando é que isto chega a estes lados? -> Clix FIBRA (pretty please?) 🙄

GIMP e CMYK

Normalmente é costume apontar quem quer criar ficheiros CMYK no GIMP para os perfis da Adobe, mas pelo que pude apurar foram criados novos perfis padrão para uniformizar o sector.

Eu percebo pouco da questão, daí que se existir alguém que queira dar alguma achega ao assunto, força. 🙂 Algumas notas sobre os melhoramentos dos novos perfis.

Pelo que sei os perfis estão aqui, e para usá-los com o GIMP é preciso* o plugin separate, ou preferencialmente o melhorado separate+.

* – Não é preciso, supostamente o 2.4 devia suportar perfis de cor, mas não consigo converter as imagens para CMYK depois de configurar o perfil a usar, nem consigo encontrar um sítio onde explique. Se alguém souber como se faz…

Controlo da Wii: um mundo de aplicações

Já ando para experimentar a Wii há muito tempo. Não planeio comprar uma, mas gostava de experimentá-la.

Entretanto tenho vindo a deparar-me com a quantidade de projectos que têm nascido a partir das funcionalidades do comando da Wii, e embora não vá dedicar muito tempo a este tema agora (espero fazê-lo noutro dia e falar das minhas experiências), vou referir algumas coisas sobre as aplicações do comando num computador normal.

Não são novidade, mas serão um excelente recurso para perceber melhor algumas ideias de utilização do comando os vídeos do Johnny Lee do Wiimote Project. Embora ele tenha desenvolvido o software para Windows, já existe um port do whiteboard para Linux.

Para o head tracking existe algum esforço para adicionar suporte ao Compiz (vídeo de demo), e descobri hoje um projecto alemão que disponibiliza um kit de plásticos para não ter que se que usar LED na cabeça, recorrendo para esse fim a pontos reflectores: OpenKMQ. Este kit traz também umas lentes para visão estereoscópica, potenciando apenas com o uso do Wiimote e meia dúzia de LED infravermelhos uma utilização mais avançada do interface gráfico.

Para aceder ao Wiimote como comando normal no Linux (sem ser como no whiteboard) basta ter suporte bluetooth, carregar o módulo uinput e correr uma das aplicações de interface com o comando, como o cwiid. Para fazer um ficheiro de configuração adequado ao que pretendemos (podemos até emular o joystick através das acções BTN_ e dos eixos absolutos ou relativos), é importante ler os ficheiros action_enum.txt que tem os comandos que podem ser executados e wminput.list para saber os botões disponíveis nos comandos. Depois basta criar um ficheiro de configuração e correr:

wminput -c <nome_do_ficheiro>

Não é preciso compilar nada, basta instalar o cwiid, adicionar o módulo uinput a /etc/modules e arrancar o programa quando queremos usar o Wiimote (dicas para Ubuntu).

Tendo uma barra USB ou sem fios de LED infravermelhos (há várias no eBay), podemos usar o Wiimote como rato, e até conjugá-lo com o Nunchuck.

Isto deixa bastantes pontos de partida para abordar o tema, esperemos que o Wiimote baixe de preço entretanto dado o crescente número de pessoas a comprá-lo para estes fins. 🙂

Mais algumas ligações:

OLPC com XP?

É pena que os custos tenham sido afectados por esta mudança estratégica, depois de falar recentemente com algumas pessoas na área dos POS, só ouvi sobre o Windows um “ainda bem que mudámos, o Linux só nos trouxe vantagens” que então enumeraram: estabilidade, baixo consumo de recursos, tamanho: podem usar memória flash com pouco espaço, facilidade de funcionamento em rede, etc…

Diria que ainda bem (não foi a minha primeira reacção, claro :P) que isto aconteceu ao OLPC, escolher um OS praticamente descontinuado é uma decisão arriscada, mas se isso fizer chegar as máquinas ao miúdos, facilmente evoluem mais tarde para o OS que era suposto correr no XO. Assim que se fartarem (nos locais com acesso à Internet) dos vírus, spyware, da lentidão (pela necessidade de correr n programas para resolver as deficiências do Windows) e do facto de não haver correcções para os problemas do sistema operativo assim que este seja descontinuado.
A não ser que os miúdos recebam uma versão do Windows que não seja afectada por estes problemas (e com um novo ciclo de suporte), mas ai os clientes actuais deverão exigir nada menos para os seus computadores a correr Windows, afinal injectam dinheiro no OLPC para que os miúdos sejam contaminados com o sistema operativo deles e ainda lhes dão algo em condições, a que os clientes normais não têm acesso?

[Via rlslog]