Retenção de dados na Europa

Sobre esta questão importante, pode ser vista uma conferência com o título “Hacking Data Retention dada na 22ª edição da convenção anual do Chaos Computer Club na Alemanha. Como é explicado, tal legislação não foi implementada nos EUA, porém por cá parece que isso não é tão certo

Como Brenno de Winter mostra na referida conferência, a implementação disto será um absurdo completo. A privacidade é um direito! Não só querem legislar sobre algo que não devia ser possível, como o facto de reterem informação sobre as pessoas, logo violando a sua privacidade indo isto contra os seus direitos básicos, o que demonstra que não se trata de as proteger. Além disso, alegam querer uniformizar as leis e deixam a cargo de cada país certas definições da legislação, como o prazo de retenção, ou outras variáveis, que deitam por terra qualquer uniformização possível.

Como se não bastasse colocarem em causa um direito fundamental como o é a privacidade, é facilmente compreendido que os dados retidos não são suficientes para nada num panorama mais geral. Existe vária informação que não será retida (blogs, fóruns, etc) o que torna a retenção de alguma sem sentido, já que não garante nada.

O facto das correlações nos dados retidos, dada a sua quantidade, virem a ser feitas por algoritmos é bastante assustador (os algoritmos não costumam ter senso comum 😛 ) e pode levar a que haja inocentes acusados de crimes, intenções de os cometer, terrorismo (a questão da moda), sem razão. Se por um algoritmo desconhecido o sistema decide que não gosta de uma pessoa e isso torna-lhe a vida mais complicada (alguma indicação em como a pessoa não é confiável, por exemplo), sendo esta inocente, caminhamos para tempos complicados.

Por este motivo, aconselho a visualização de outra conferência também dada na 22C3 com o nome Covert Communication in a Dark Network sobre o futuro da Freenet, ou a sua versão 2.

Começa a chegar um tempo em que já não é apenas em países como a China que o estado filtra, analisa e persegue pessoas por causa dos seus blogs e das suas ideias, mas também numa Europa que se pretendia ser evoluída isso pode começar a acontecer…

rBuilder – Software para criar appliances

Do site:

rBuilder is the engine for creating and maintaining software appliances. With rBuilder, a software developer combines an application with a tailored version of rPath Linux. Customers get the benefits of the application without the hassles of coordinating multiple maintenance streams, release schedules and service contracts.

Muito interessante! 😀

Linguagem para escrever interfaces como Flash, em Java: F3

Parece-me interessante, agora que o Java vai estar sob a GPL, decerto surgirão mais aplicações e até jogos em Java, esta biblioteca facilita imenso a criação de menus e do ambiente. Com o Java Software Livre, veremos melhor suporte nos browsers para applets em Java, o que poderá tirar algum espaço ao Flash (proprietário), se ferramentas como esta se tornarem mais comuns.

Espreitar mais informação sobre o F3 na secção dedicada a este no blog de Chris Oliver, aqui.

Manias que me aborrecem

Responder a uma pergunta numa mailing list depois de alguém dar uma solução com um “há uma forma muito mais simples de fazer isso: pesquise no Google ou não sei onde por como fazer isto mais fácil!”.

Pois se a pessoa não encontrou uma solução, talvez seja porque: não sabe procurar ou não tem paciência! 😛

Há sempre ocasiões onde o RTFM se aplica, mas a mim que me curei cedo e nunca me deu para andar a fazer perguntas (só em caso extremo dou um salto à freenode para pedir ajuda, muito raramente), cansa estar sempre a ler pessoal a mandar as pessoas ler documentos gigantescos ou procurar no Google, porque nem todos sabem o que procurar, ou até como fazê-lo.

Quem sabe explica, se não quiser cala-se, a pessoa há-de arranjar uma solução, ou desistir. Como advocate do Software Livre considero isso nesse contexto contraproducente porque afasta as pessoas quando elas se estão a tentar educar.

Fantástico – Aplicação de notas Tomboy

Só queria deixar uma referência à inclusão desta aplicação no Edgy, e da funcionalidade fantástica de poder escolher uma pedaço de texto, por exemplo numa página Web, depois de ter adicionado à barra o ícone do Tomboy, carregar com o botão do meio do rato (para quem é novo ao Linux, o botão do meio do rato costuma ter a acção de paste para texto escolhido/sublinhado com o rato) e ele coloca o texto na nota principal, com a data para sabermos a que dia se refere. Muito porreiro! 😀

No entanto, esta aplicação (ou será mesmo um “problema” do gestor de janelas Gnome) não permite escolher o idioma para a correcção ortográfica, devendo seguir-se pela definição de idioma do utilizador. Um solução como a do Firefox seria interessante…

O triste estado da segurança informática?

Depois de ler o artigo “The sad state of computer security“, estava a escrever um post extenso sobre a temática, que perdi por um erro pessoal (Ctrl-W :(), dado que fica para outra altura uma análise extensa do que penso sobre isto.

Deixo apenas a ideia de que o problema não são a Microsoft e as empresas que lucram com os vírus informáticos e demais vulnerabilidades, que um Windows seguro (utopia :(), um switch geral para Mac, ou para Linux não resolverão o problema. Tudo gira em torno da educação dos utilizadores.

Porque é que o Google “rula”?

Por coisas como o Google Code Search. Isto sem dúvida que vai facilitar bastante quem não pretende reinventar a roda, além de que procura dentro de tarballs e repositórios de controlo de versão!

Como já referi, comparem isto com a estratégia de puro marketing da MS, que constrói um hype à volta de produtos a lançar e depois até falha em corresponder às funcionalidades anunciadas…