Carga (quase) recursiva :-)

A minha Xtracycle a carregar um kit de X é quase transporte recursivo de carga, não? 😛

Claro que seria mesmo transporte recursivo de carga se levasse uma bike completa com o kit instalado, e essa bike levasse outra bike nas mesmas condições e por ai fora, mas pronto. 🙄

Entretanto hoje precisei de transportar um quadro branco:

Correu bem, o vento não estava forte (senão teria que ir deitado) e como estava bem seguro quase não se dava por ele. 😉

Com o calor que vai aumentando sabe bem pedalar com a brisa a soprar. 🙂

Preto poupa energia?

Embora possa ser mais suave para os olhos, os sites em preto não poupam energia nos monitores LCD, antes pelo contrário. Nos monitores CRT a imagem aparece quando a película preta é atingida por electrões, ter muito branco ou cor a mostrar indica que é necessário uma maior quantidade de descarga do canhão para mostrar a imagem. Nos actuais LCDs, a imagem é branca normalmente e é aplicada electricidade a cada célula de filtros que compõe cada pixel para filtrar essa luz branca. Logo quanto mais branco estiver à vista menos filtros estão activos, menos energia consumida. Afinal a maioria do consumo está na luz que ilumina a tela TFTLC. Quando tivermos todos ecrãs com OLEDs a estória é outra. 😉

Este teste mostra claramente que nos monitores LCD o ecrã preto consome mais energia, e que nos CRT é ao contrário.

Hoje em dia o uso de CRTs ainda é superior a LCDs?

GIMP e CMYK

Normalmente é costume apontar quem quer criar ficheiros CMYK no GIMP para os perfis da Adobe, mas pelo que pude apurar foram criados novos perfis padrão para uniformizar o sector.

Eu percebo pouco da questão, daí que se existir alguém que queira dar alguma achega ao assunto, força. 🙂 Algumas notas sobre os melhoramentos dos novos perfis.

Pelo que sei os perfis estão aqui, e para usá-los com o GIMP é preciso* o plugin separate, ou preferencialmente o melhorado separate+.

* – Não é preciso, supostamente o 2.4 devia suportar perfis de cor, mas não consigo converter as imagens para CMYK depois de configurar o perfil a usar, nem consigo encontrar um sítio onde explique. Se alguém souber como se faz…

“Não podes desviar-te um bocadinho?”

Até posso, mas não quero. Mas quem me disse a frase que deu título a este post, depois de ir um bocado a fazer acelerações (talvez eu saisse do caminho mais depressa), será ignorante face à razão que eu optei em ir numa zona mais central da via, e não tive oportunidade de me explicar, apesar de correr o risco de não ser entendido…

Se alguém pensar assim e vir um utilizador de bicicleta numa estrada com muitos carros estacionados circular central à faixa, não pense que ele vai só numa de empatar o trânsito (afinal, também é transito e tem o mesmo direito de circular na estrada), mas existe uma razão válida para essa atitude.

A razão é única (não querer colidir com um carro ou peão no meio dos carros) mas pode apresentar-se de várias formas, seja o dooring (alguém abrir uma porta à nossa frente ou ao nosso lado), um carro prosseguir a marcha ao mesmo tempo que passamos por ele, ou sair de marcha atrás do local onde está estacionado.

Dooring:

Saída de estacionamento em marcha-atrás:

Um condutor nestas situações olha à procura de outros carros, se o utilizador de bicicleta vier num local onde não suposto os carros circularem, não estará no raio de visão do condutor. Circular no centro da via não só ajuda o utilizador de bicicleta a tornar-se visível, como evita, no caso do dooring, que um condutor menos cuidadoso o atinja com a porta.

O rapaz que vinha atrás de mim estava cheio de pressa e achou que eu me podia desviar para ele passar, mas naquela via pode ocorrer uma situação daquelas, e o facto dele vir quase a empurrar-me com o carro dele a fazer acelerações também me desviou a atenção destas situações, aumentando o risco de sofrer com qualquer uma. Não compreendo como alguns condutores consideram que têm mais direito à estrada do que um utilizadores de bicicleta, e acham que lá porque conduzem um veículo motorizado podem abusar dos outros utilizadores da via, apitando-lhes, fazendo-lhes razias que se dão em colisão resultam na morte do utilizador de bicicleta, ou este tipo de atitude deste rapaz.

Não posso aceitar que exista uma discussão sobre o direito à estrada dos utilizadores de bicicleta ou dos peões quando estes morrem nos casos de abuso dos utilizadores de veículos motorizados. Não é quem tem razão, é o facto da vida dessa pessoa ter mais valor que a teimosia daquela que matando-a pode considerar os seus argumentos mais válidos.

Um gráfico simples que explica porque não tem piada levar com uma razia de um carro a 70 ou 80 km/h:

Alguém que não tenha a decência de moderar a velocidade e respeitar a distância de segurança nas ultrapassagens perante esta estatística, NMHO, não devia ter carta de condução.

A ler uma análise sobre os direitos dos ciclistas que também fala destas questões, pelo Mário Alves: Licença para matar: o direito dos ciclistas e a necessidade de revião do Código da Estrada.

Controlo da Wii: um mundo de aplicações

Já ando para experimentar a Wii há muito tempo. Não planeio comprar uma, mas gostava de experimentá-la.

Entretanto tenho vindo a deparar-me com a quantidade de projectos que têm nascido a partir das funcionalidades do comando da Wii, e embora não vá dedicar muito tempo a este tema agora (espero fazê-lo noutro dia e falar das minhas experiências), vou referir algumas coisas sobre as aplicações do comando num computador normal.

Não são novidade, mas serão um excelente recurso para perceber melhor algumas ideias de utilização do comando os vídeos do Johnny Lee do Wiimote Project. Embora ele tenha desenvolvido o software para Windows, já existe um port do whiteboard para Linux.

Para o head tracking existe algum esforço para adicionar suporte ao Compiz (vídeo de demo), e descobri hoje um projecto alemão que disponibiliza um kit de plásticos para não ter que se que usar LED na cabeça, recorrendo para esse fim a pontos reflectores: OpenKMQ. Este kit traz também umas lentes para visão estereoscópica, potenciando apenas com o uso do Wiimote e meia dúzia de LED infravermelhos uma utilização mais avançada do interface gráfico.

Para aceder ao Wiimote como comando normal no Linux (sem ser como no whiteboard) basta ter suporte bluetooth, carregar o módulo uinput e correr uma das aplicações de interface com o comando, como o cwiid. Para fazer um ficheiro de configuração adequado ao que pretendemos (podemos até emular o joystick através das acções BTN_ e dos eixos absolutos ou relativos), é importante ler os ficheiros action_enum.txt que tem os comandos que podem ser executados e wminput.list para saber os botões disponíveis nos comandos. Depois basta criar um ficheiro de configuração e correr:

wminput -c <nome_do_ficheiro>

Não é preciso compilar nada, basta instalar o cwiid, adicionar o módulo uinput a /etc/modules e arrancar o programa quando queremos usar o Wiimote (dicas para Ubuntu).

Tendo uma barra USB ou sem fios de LED infravermelhos (há várias no eBay), podemos usar o Wiimote como rato, e até conjugá-lo com o Nunchuck.

Isto deixa bastantes pontos de partida para abordar o tema, esperemos que o Wiimote baixe de preço entretanto dado o crescente número de pessoas a comprá-lo para estes fins. 🙂

Mais algumas ligações:

OLPC com XP?

É pena que os custos tenham sido afectados por esta mudança estratégica, depois de falar recentemente com algumas pessoas na área dos POS, só ouvi sobre o Windows um “ainda bem que mudámos, o Linux só nos trouxe vantagens” que então enumeraram: estabilidade, baixo consumo de recursos, tamanho: podem usar memória flash com pouco espaço, facilidade de funcionamento em rede, etc…

Diria que ainda bem (não foi a minha primeira reacção, claro :P) que isto aconteceu ao OLPC, escolher um OS praticamente descontinuado é uma decisão arriscada, mas se isso fizer chegar as máquinas ao miúdos, facilmente evoluem mais tarde para o OS que era suposto correr no XO. Assim que se fartarem (nos locais com acesso à Internet) dos vírus, spyware, da lentidão (pela necessidade de correr n programas para resolver as deficiências do Windows) e do facto de não haver correcções para os problemas do sistema operativo assim que este seja descontinuado.
A não ser que os miúdos recebam uma versão do Windows que não seja afectada por estes problemas (e com um novo ciclo de suporte), mas ai os clientes actuais deverão exigir nada menos para os seus computadores a correr Windows, afinal injectam dinheiro no OLPC para que os miúdos sejam contaminados com o sistema operativo deles e ainda lhes dão algo em condições, a que os clientes normais não têm acesso?

[Via rlslog]