Mapas livres

À malta que more no concelho de Oeiras e que tenha GPSs com capacidade de guardar as rotas: dêem uma ajuda a mapear o concelho no OpenStreetMap! A pé, de bicicleta ou mesmo de carro, estão a contribuir para criar um mapa que será de todos e ao qual podem aceder livremente. Neste momento há esforços de algumas pessoas em pequenos percursos, mas falta praticamente todo o concelho… 🙁

Eu estou a pensar começar em Barcarena e Porto-Salvo. Toca a passear e a conhecer as ruas das vossas localidades (de preferência de modo a usufruir delas, a pé ou de bicicleta!). É sempre uma forma de conhecer novos locais, espaços de lazer escondidos, lojinhas, etc.

Há aparelhos de registo de rotas desde ~€50 no eBay, e ainda podem ser usados para geo-localizar fotografias! 🙂 Cabem num bolso (embora a recepção seja melhor fora dele) e as baterias duram mais de 10 horas (alguns mais de 20). Alguns suportam Bluetooth e podem ser usados por BT ou USB para navegação com alguns telemóveis, PDA ou computadores portáteis.

Miscelânea #1

O que será dos Stephen King do futuro? -> Cientistas extraem imagens directamente do cérebro

Será uma verdadeira alternativa ao Android? Mas qual será a abertura do sistema? -> Palm lança novo OS baseado no Linux

Até que enfim que um tema escuro proposto para o Ubuntu é algo mais interessante que um cinzento escuro e pálido como é o DarkRoom! Agrade-me, apesar de não ser muito fã de temas escuros… -> Desenvolvimento do tema Dust

Um estudo com conclusões totalmente imprevistas! NOT 😛 -> Andar de cu tremido para todo o lado faz as pessoas ficarem gordas

Quando é que isto chega a estes lados? -> Clix FIBRA (pretty please?) 🙄

Jack multi-canal com poucos recursos

Eis uma forma simples e barata de ter N saídas (ou entradas) num servidor jack.

A ideia é usar algumas placas de som USB baratas e configurar o ALSA para juntá-las num interface único. Para isso usamos um ficheiro de configuração do ALSA parecido com este:

$ cat ~/.asoundrc
pcm.geral {
  type multi
  slaves.a.pcm hw:0
  slaves.a.channels 6
  slaves.b.pcm hw:1
  slaves.b.channels 2
  slaves.c.pcm hw:2
  slaves.c.channels 2
# 6 canais da placa 1
  bindings.0.slave a
  bindings.0.channel 0
  bindings.1.slave a
  bindings.1.channel 1
  bindings.2.slave a
  bindings.2.channel 2
  bindings.3.slave a
  bindings.3.channel 3
  bindings.4.slave a
  bindings.4.channel 4
  bindings.5.slave a
  bindings.5.channel 5

# 2 canais da placa 2
  bindings.6.slave b
  bindings.6.channel 0
  bindings.7.slave b
  bindings.7.channel 1

# 2 canais da placa 3
  bindings.8.slave c
  bindings.8.channel 0
  bindings.9.slave c
  bindings.9.channel 1
}

ctl.geral {
  type hw
  card 0
}

Cheguei a esta configuração com base neste tutorial.

Estou a usar esta configuração num portátil, usando a placa interna (que tem 6 canais) e mais duas placas de som USB simples só com 1 entrada e 1 saída, e apenas aproveito as saídas. A mesma ideia podia servir para ter N entradas para gravação de várias fontes (para uma banda, por exemplo).
Não tomei atenção à latência do sistema, mas isto não pretende ser algo que compita com placas dedicadas de som de N entradas e saídas, mas que custam várias centenas ou alguns milhares de euros. Potencia porém quem se queira aventurar no assunto e começar a aprender, mas tenha poucos recursos para investir em equipamento e já tenha um computador relativamente recente.
Com os circuitos simples que estas placas têm é possível também sincronizá-las, soldando ligações do cristal de uma das placas para as outras. Um tutorial a abordar esta modificação pode ser encontrado aqui. Isto será mais importante na gravação de áudio para garantir que a sample rate é igual para todas as origens de áudio.

Depois a partir daqui com o jackd a correr poderão ser necessários alguns ajustes para tudo funcionar bem. Não experimentei com o kernel rt, mas uso permissões de rt para o áudio no limit.conf:

@audio - rtprio 99
@audio - nice -10
@audio - memlock 512000

Para arrancar o jackd uso o seguinte .jackdrc:

/usr/bin/jackd -R -m -dalsa -P -dgeral -r48000 -p1024 -n2 -m

De notar que uso a opção -P para só usar o playback, já que não configurei a captura das placas no ficheiro de configuração do ALSA.

Isto permite usar o mixxx com várias placas de som, basta usar uma versão com suporte para o jack e configurar o master para os canais 6-7 e o monitor para os canais 8-9, para neste exemplo usar as 2 placas externas. Podendo fazer a mistura directamente no mixxx ou usando uma mesa de mistura externa.

Terei que experimentar melhor para saber se este sistema é minimamente estável, mas para quem quer começar a aprender técnicas de DJ ou a criar alguma coisa com os sequenciadores e sintetizadores que suportem o jackd tendo a possibilidade de monitorizar algumas dessas aplicações, este sistema pode ser um ponto de partida.

Actualmente as aplicações que estou a usar com este sistema são o seq24 (sequenciador) a activar o hydrogen (drumbox com samples), o zynaddsubfx (sintetizador multi-canal, polifónico e com efeitos) e o nekobee (emulador da 303), o som destas 3 aplicações entra no jackeq (mesa de mistura virtual com equalizador e 4 canais), o monitor deste liga a uma placa externa e o master entra no jamin (equalizador e compressor). Do jamin sai para a placa principal que liga ao sistema de som, ou uso o timemachine para gravações. Tudo isto é ligado com a ajuda do patchage. Cheguei a usar o qjackctl mas o patchage suporta o lash e tem um interface mais simples.
Estas aplicações têm quase todas suporte para o gestor de sessão lash, o que simplifica a preparação do sistema quando queremos voltar a um estado usável, ou à última configuração. Além disso permite configurar várias sessões com diferentes aplicações. As aplicações sem suporte para o lash (jackeq, jack-dssi-host para correr o nekobee e o jamin) podem ser arrancadas com o lash_wrap para ficarem associadas à sessão. Algumas configurações podem não ficar guardadas, mas na globalidade funciona suficientemente bem.

Com várias aplicações e tantos controlos, sinto que o rato se torna um bocado ineficiente… mas com a ajuda de vários desktops virtuais e como a máquina é suficientemente rápida, o compiz também dá alguma ajuda com os plugins cube, expo e scale, por exemplo. Tenho que experimentar isto com o whiteboard para o wiimote quando tiver acesso a um projector… 😎 Não sei se seria funcional, mas não deixa de ser uma ideia engraçada. Os controladores nano da Korg também parecem ser uma alternativa de baixo custo para tornar o sistema mais fácil de gerir.

Voltinha ao Jamor

Esta semana dei uma voltinha de Leceia ao Jamor:

Segui por Porto Salvo para poder passar pelos correios:

Passagem pelos correios de Porto Salvo

Segui depois até Paço d’Arcos para não ter que passar pelo vale de Barcarena. De Paço d’Arcos segui até Caxias:

Paragem perto da estação de Caxias

Segui até à prisão, mas a estrada que liga a estação de Caxias (e a saída da Marginal) à prisão está a precisar de alguns arranjos:

Estrada da estação de Caxias ao Estádio Nacional
Estrada da estação de Caxias ao Estádio Nacional

Ao chegar à prisão subi até ao nó do Estádio Nacional, porque acho que é impossível passar da zona da prisão para o Estádio Nacional por causa da estrada de ligação da CREL à Marginal. Acho que não existe nenhum atalho que passe por baixo dessa estrada.

Estrada da estação de Caxias ao Estádio Nacional
Estrada da estação de Caxias ao Estádio Nacional
Estrada da prisão de Caxias ao Estádio Nacional

Antes de virar para a estrada que liga às piscinas do Jamor, seguia na faixa da esquerda e um condutor que também ia seguir para a esquerda depois de me fazer uma razia, acenou com o braço para eu me chegar à direita. Claro que seria estúpido chegar-me à direita se ia seguir para a faixa da esquerda que me permite virar para onde queria ir, mas pronto o rapaz era ignorante quanto a isto e também quanto ao facto de ser proibido falar ao telemóvel a conduzir… 👿

Parei em frente às piscinas e aproveitei para renovar a minha inscrição. Mais um local onde o vírus dos cartões com RFID atacou, lá recebi eu um cartão novo, outra vez. 😛

Em frente às piscinas do Jamor

Depois dei uma volta pelo parque para aproveitar e tirar mais umas fotos. Parece que por esta altura é comum limparem o lago onde se praticam alguns desportos aquáticos. Lá andava um grupo de homens a raspar as pedras e a acartar lodo. Não haverá forma do lago se manter sem este trabalho todo? Algum tipo de vegetação que filtre a água?

Limpeza do lago para canoagem do Jamor

Também achei curioso um grupo de 4 mulheres com carrinhos de bebé a conversar alegremente ao lado deste lago, por agora vazio. Deviam ser muito pequenos, senão seria ainda mais interessante ver o mesmo grupo de bicicleta com os bebés à boleia. 😉
Fazem falta espaços com bom sombreamento para onde as pessoas possam ir passear.
Os locais onde se vive são tudo menos agradáveis para estar, e resta usar os poucos espaços com algum verde e sossego…

Limpeza do lago para canoagem do Jamor
Limpeza do lago para canoagem do Jamor

Campo de piso sintético:

Campo de piso sintético do Jamor

Vi também que existe uma parede de escalada atrás do campo de piso sintético, nunca tinha reparado nela, mas não sei se será recente:

Parede de escalada do Jamor

Depois continuei a voltinha e passei pelo campo de lançamento de pesos (e dardo?):

Campo de lançamento do peso do Jamor

Campos de râguebi:

Campos de raguebi do Jamor

Para evitar subir aquela porção de marginal antes de começar a descer para Caxias, pretendia subir até à entrada do Estádio Nacional que dá para as bancadas VIP. Pretendia voltar a descer a estrada de ligação à Marginal e seguir para Paço d’Arcos. Aproveitei para tirar mais umas fotos pelo caminho:

Umas voltinhas pelos trilhos do Jamor

Felizmente os trilhos estão bem calcados e não tinha estado a chover, já que os meus pneus são para andar na estrada e praticamente não têm sulcos.

Estádio Nacional do Jamor
Torre de iluminação do Estádio Nacional do Jamor
Mais umas voltas pela zona circundante ao estádio

A minha foto favorita deste passeio: 8)

Zona perto das bancadas VIP do Estádio Nacional do Jamor

Já ia do outro lado quando reparei noutro ciclista carregado no passeio ao lado da Marginal. Estava a arrumar a carga para seguir viagem:

Ciclista carregado a arrumar a carga para seguir viagem

Depois de andar às voltas e de reparar que os portões estavam todos fechados a cadeado, optei por usar umas escadinhas que desembocam na estrada que pretendia descer:

A minha bicicleta a preparar-se para subir para as minhas cavalitas

O passeio começa um pouco depois e faz a ligação ao cruzamento da Marginal com a entrada na zona do Jamor e a saída da estação da Cruz Quebrada. Infelizmente as chuvas vão arrastando a terra e o passeio está quase inutilizado naquela zona. Como se o passeio não fosse suficientemente estreito, os empregados da limpeza ainda deixaram os sacos com os detritos espalhados ao longo do passeio…

O passeio precisa de limpeza!

Depois para seguir no sentido Lisboa-Cascais, apesar dos pedaços de passeio que existem naquele nó, não existem nenhuma forma oficial de passar as estradas com a bicicleta à mão. Restou-me jogar com os semáforos para poder seguir viagem.

Passeios que não servem para nada
Passeios que não servem para nada

A caminho de Porto Salvo tirei só mais uma foto de uma estrada que liga a estação de Paço d’Arcos ao C.C. do Búgio e que dava jeito que tivesse uma excepção para bicicletas poderem fazê-la em sentido contrário.

Estrada perto das Finanças de Paço d'Arcos

O resto da viagem até Porto Salvo foi pacífico. 🙂