Manias que me aborrecem

Responder a uma pergunta numa mailing list depois de alguém dar uma solução com um “há uma forma muito mais simples de fazer isso: pesquise no Google ou não sei onde por como fazer isto mais fácil!”.

Pois se a pessoa não encontrou uma solução, talvez seja porque: não sabe procurar ou não tem paciência! 😛

Há sempre ocasiões onde o RTFM se aplica, mas a mim que me curei cedo e nunca me deu para andar a fazer perguntas (só em caso extremo dou um salto à freenode para pedir ajuda, muito raramente), cansa estar sempre a ler pessoal a mandar as pessoas ler documentos gigantescos ou procurar no Google, porque nem todos sabem o que procurar, ou até como fazê-lo.

Quem sabe explica, se não quiser cala-se, a pessoa há-de arranjar uma solução, ou desistir. Como advocate do Software Livre considero isso nesse contexto contraproducente porque afasta as pessoas quando elas se estão a tentar educar.

Uma notícia que o sol trouxe – Java licenciado sobre a GPL

google-sun-java-lg.jpgA notícia pode ser lida aqui.

Quanto a mim isto é formidável, uma boa integração do Java com distribuições Linux vai facilitar que a programação e a distribuição de aplicações “nativas” em Java. Tenho curiosidade em ver que resultado isto terá nas implementações livres, como as ferramentas da GNU, que ou atingirão mais facilmente a especificação mais recente do Java (mais certo), ou tenderão a desaparecer.

Documentos padrão no Gnome (Templates para Nautilus)

Basta criar uma pasta Templates na área pessoal /home/ e todos os documentos padrão ai gravados estarão disponíveis no menu contextual do Nautilus, “Criar Documento/Create Document”. Para poupar algum trabalho, podem começar por usar os disponibilizados por John Wendell, aqui.

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😉

Peter Jenner em entrevista ao Register – Big labels are f*cked, and DRM is dead

Ler aqui.

Few people know the music industry better than Peter Jenner. Pink Floyd’s first manager, who subsequently managed Syd Barrett’s solo career, Jenner has also looked after T.Rex, The Clash, Ian Dury, Disposable Heroes and Billy Bragg – who he manages today. He’s also secretary general of the International Music Managers Forum.

A ideia de taxar o consumo de música não é o caminho que eu vejo.

Via Slashdot

Acho que o comentário seguinte no /. coloca bem as coisas:

Whether music labels, musicians, Peter Jenner, you or I like it or not, there’s a fundamental problem that everybody seems to understand: as long as lossless copies of music (or movies or photos for that matter) can be made, paying for music is dead.

What I mean is: before computers became widely available, people had the option of sharing bootleg analog copies of something (which was prone to sound degradation during copy, and media aging) or buying a legit copy of the medium with the best possible song. That is, people who wanted good quality music bought the “officially sanctionned” medium it was imprinted on. Now that everybody can copy a file a million times without any quality loss other than the one possibly introduced during sampling, who’s to stop people from copying things for free? only two thing: people’s sense of morality (“I don’t want to steal from artists”) and people’s fear of the law (“I don’t want to be caught with illegal copies on my hard disk”). That’s hardly the basis of a healthy business model.

The one-music==one-media confusion that is the basis of the **AA’s business model is dead. In reality, record companies sell plastic disks, not music, and people don’t need plastic disks anymore, so record companies are now obsolete. If they want to stay alive with their obsolete business model, they have to:

– appeal to people’s morality: not likely to generate revenues long-term
– DRM-protect their music: easily circumvented as shown numerous times
– DRM-protect hardware: easily circumvented regardless of the hardware, simply by playing and re-recording the music
– push for harder copyright laws: circumvented by the sheer mass of file-sharers, which effectively means that an individual file-sharer has a next-to-null chance of getting caught

*or*… they could disappear and music bands could turn back into what they once were: live performers, who were paid to play music on a stage.

So in short: Peter Jenner is wrong. Nobody will turn to X, Y or Z licensing scheme. Eventually, people will share music for free, simply because that is the logical technical and legal way it must be, and they will pay musicians directly to give them what no amount of digital files can give them: live performances.

Fantástico – Aplicação de notas Tomboy

Só queria deixar uma referência à inclusão desta aplicação no Edgy, e da funcionalidade fantástica de poder escolher uma pedaço de texto, por exemplo numa página Web, depois de ter adicionado à barra o ícone do Tomboy, carregar com o botão do meio do rato (para quem é novo ao Linux, o botão do meio do rato costuma ter a acção de paste para texto escolhido/sublinhado com o rato) e ele coloca o texto na nota principal, com a data para sabermos a que dia se refere. Muito porreiro! 😀

No entanto, esta aplicação (ou será mesmo um “problema” do gestor de janelas Gnome) não permite escolher o idioma para a correcção ortográfica, devendo seguir-se pela definição de idioma do utilizador. Um solução como a do Firefox seria interessante…