Bicicleta em constante mutação – Faça Você Mesmo

Porque o normal é monótono, a modificação, melhoramento e personalização de determinados objectos faz com que estes ganhem personalidade. Se estas alterações forem feitas por nós não só ficamos com o objecto único como temos todo o prazer de aprender, ganhar experiência, de moldar as coisas tal como idealizámos (ou perto! ;)).

Um recurso fabuloso de criatividade é também a imaginação de outras pessoas, a capacidade de imaginar e criar coisas novas, talvez antes impensáveis.

É demais interessante acompanhar as novidades que vão surgindo no blog da e-zine MAKE: relacionado com bicicletas. 🙂

De bicicletas de praia feitas à mão:
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De protecções de sapatos recicladas:
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A veículos a pedal comunitários:
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A pressão motorizada numa China com um mercado automóvel em expansão

Ou como uma senhora fez frente a dois automóveis quando estes tentaram usar uma banda ciclável, ou até como a China avança contra o ideal de mobilidade…

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Se por cá a luta por um conceito de mobilidade integrada, social, funcional, multimodal, é frustrante e desmotiva qualquer um que pense nisso por um momento, avaliando o contexto actual, imagine-se um país com a dimensão da China, em que o mercado automóvel avança a passos largos e este retira rapidamente espaço público às bicicletas…

Usar o carro menos

Ai como eu estou tão certo de comprar o passe para o mês que vem, reduzindo ao mínimo a utilização do carro. Hoje em pouco mais de 15 min vi umas 6 pessoas a andar na berma ou nas raias por se terem distraído, ou enganado. Vi vários carros com os autocolantes de “Puto a Bordo”, mas onde este apenas serve para os outros condutores terem cuidado, porque os carros com o distintivo conduzem em excesso de velocidade e/ou com pouco cuidado. É comum ver pessoas a conduzir como se não existisse ninguém na estrada, sem prever as suas manobras (entradas e saídas sem ter em conta as faixas de aceleração e os outros carros), sem as sinalizar, sei lá… 😛

O ideal seria poder adquirir uma bicicleta para usar com os transportes, mas isso ainda não será para já por falta de fundos e a que tenho agora não dá jeito. :-/

É curioso como Lisboa e as vilas/cidades satélite, estão tão perto e no fundo sinto como se vivesse na aldeia, por ser tão difícil chegar ao centro de Lisboa. Os transportes são poucos, muita gente não os usa e prefere o carro (temos mais carros por número de habitantes que países mais desenvolvidos que nós, mas no meu isso é um sinal de subdesenvolvimento, porque mostra que não há políticas de mobilidade, só remendos estéticos), o que faz com que não se criem mais transportes. O alargamento da IC19 foi um erro enorme. Deviam ter alargado e feito uma linha de eléctrico nas novas faixas até ao Aeroporto de Lisboa. Isto associado à introdução de eléctricos nas concelhos periféricos (Oeiras (o SATUO não conta, não é uma solução sustentável ao aumentar a extensão), Amadora, etc), usando as estradas existentes, seria uma solução interessante no combate aos problemas de mobilidade actuais. Oh well. 🙂

Hospitalidade, Ciclando por Lisboa, o Caos

Hoje ao vir embora da faculdade, perto do estádio universitário, notei numa rapariga, de mapa na mão e bicicleta com a corrente pendida. Pensei em ajudar (depois de ter sido bem acolhido num país estrangeiro, verifico o valor de fazer um esforço por fazer o mesmo no meu país). Tentei primeiro mostrar onde era o local que procurava (no mapa faltava uma estrada feita recentemente, que confundia tudo), e depois coloquei a corrente no sítio, ter-me dado ao trabalho de ajudar foi algo tão fora do vulgar que a rapariga nem sabia o que dizer, e como agora já tinha bicicleta, já podia ir à procura do local que procurava.

Ela era alemã (em Erasmus na faculdade de letras), e deve ter trazido a sua cruiser de “casa”, onde é (muito) mais fácil ciclar. Deve ser horrível tentar perceber os sítios para quem está habituado a trams, bons autocarros, as ruas têm nome (cá ou estão nos prédios, ou num calhau à entrada da rua, não se vê nada, nem se sabe com que contar) e existem ciclovias e respeito pelos ciclistas. O nosso país tem muita arte e coisas típicas (azulejos, calçada), coisas também típicas de arquitecto, muito bonito e com estéticas muito “à frente” mas não serve para nada, não é funcional, e só complica, causa despesa, e confunde.

Oh well. 😛