Hospitalidade, Ciclando por Lisboa, o Caos

Hoje ao vir embora da faculdade, perto do estádio universitário, notei numa rapariga, de mapa na mão e bicicleta com a corrente pendida. Pensei em ajudar (depois de ter sido bem acolhido num país estrangeiro, verifico o valor de fazer um esforço por fazer o mesmo no meu país). Tentei primeiro mostrar onde era o local que procurava (no mapa faltava uma estrada feita recentemente, que confundia tudo), e depois coloquei a corrente no sítio, ter-me dado ao trabalho de ajudar foi algo tão fora do vulgar que a rapariga nem sabia o que dizer, e como agora já tinha bicicleta, já podia ir à procura do local que procurava.

Ela era alemã (em Erasmus na faculdade de letras), e deve ter trazido a sua cruiser de “casa”, onde é (muito) mais fácil ciclar. Deve ser horrível tentar perceber os sítios para quem está habituado a trams, bons autocarros, as ruas têm nome (cá ou estão nos prédios, ou num calhau à entrada da rua, não se vê nada, nem se sabe com que contar) e existem ciclovias e respeito pelos ciclistas. O nosso país tem muita arte e coisas típicas (azulejos, calçada), coisas também típicas de arquitecto, muito bonito e com estéticas muito “à frente” mas não serve para nada, não é funcional, e só complica, causa despesa, e confunde.

Oh well. 😛