Parece que a o líder do projecto OLPC fez as pazes com a Intel.
Isto poderá contribuir para o sucesso do projecto ‘One Laptop Per Child’ (Um Portátil Por Criança), e para a sua viabilidade no âmbito do seu objectivo primordial, que é fornecer ferramentas para ajudar ao avanço de países menos desenvolvidos. A forma encontrada pelos responsáveis de ambos os lados é a de desenvolver uma cooperação para que seja implementada uma solução baseada numa ou outra plataforma, com base nas necessidades de cada local. Parece-me uma ideia sensata, apesar de a plataforma da Intel não me parecer assente nos mesmos princípios com que foi iniciado o projecto OLPC.
Sendo o projecto OLPC um excelente exercício (e se tudo correr bem, uma solução) para a criação de um conceito novo de utilização do computador e proliferação de conhecimento, é sem dúvida importante que exista cooperação dos possíveis concorrentes ao produto final.
O XO não é mais um portátil, mas barato, como o Classmate. Gira em torno desta questão (ser mais barato) um esforço tremendo para criar algo inovador e verdadeiramente revolucionário na área da informática.
Na minha opinião, o mais importante do projecto OLPC é a plataforma de software que está em desenvolvimento, todo o estudo feito para arranjar soluções para as dificuldades existentes no terreno. Se a Intel tivesse sido um apoiante desde o início do projecto será que o preço do XO tinha saltado para os $175? Será que não seria possível manter o valor de $100? E isto sem colocar de lado a possibilidade de a Intel fornecer equipamentos como o Classmate, mas pelo menos o objectivo principal era o software e o conteúdo, deixando-se de lado as guerras de quem tem o computador mais barato, não criando confusão aos responsáveis pela decisões de implementação em cada país. Afinal o Classmate corre sistemas operativos “normais”, mas será que isso é uma mais valia? Será que esses são a melhor forma de computação e aprendizagem? Que está à frente do desenvolvimento do software para o XO acha que não, e eu concordo com eles, apesar de ainda não ter tido a sorte de ver como funciona o XO. 🙂