Mais uma bicicletada

Foi na 6ª-feira, dia 30, a Massa Crítica de Novembro. Já fomos tarde, mas ainda deu, chegámos mesmo mesmo na hora da partida (às 18h50, praí) e lançámo-nos para a rotunda a ver se os apanhávamos. 🙂

Foi um percurso curto e simples: depois de umas voltas na rotunda do Marquês fomos pela Av. Fontes Pereira de Melo até ao Saldanha, demos a volta e regressámos ao Marquês, descendo depois pela Av. da Liberdade até ao Rossio, onde o grupo parou e ficou na conversa um bocado. O percurso foi condicionado para permitir uma MC com música ao vivo! 😀 Um músico foi o caminho todo dentro de um carrinho de supermercado a tocar gaita-de-foles! O carrinho não era pilotado, mas sim “controlado” e vagamente dirigido por outros 2 ou 3 ciclistas presos a ele com umas cordas. Desportos radicais, é o que é. Mas correu bem, chegámos todos sãos e salvos ao fim. 😉 A única desvantagem foi que para manter a segurança do músico e dos ciclistas acoplados muitas vezes a coluna de ciclistas ocupou mais que uma faixa, o que noutras condições seria um desnecessário (e ilegal) empatar do trânsito dos restantes utilizadores da estrada.

Massa Crítica de Novembro, em LisboaMassa Crítica de Novembro, em Lisboa

Foram distribuídos panfletos, várias pessoas tinham cartazes com palavras de ordem presos às bicicletas ou às costas. Que eu me apercebesse houve apenas 2 ou 3 situações pontuais de algum conflito com automobilistas. Um dos principais problemas da MC (e não é só cá), e que me desmotiva a participar por vezes é a falta de coesão do grupo que origina comportamentos repreensíveis por parte de alguns ciclistas (não saberem circular, responderem com hostilidade aos motoristas mais impacientes or plain dumb, etc). Eu sou da opinião que a MC deve ser um evento reivindicativo mas sensato, cordial e não hostil para com os não-ciclistas, sob pena de se estar a piorar a imagem dos ciclistas (já de si tão desvalorizada) e a piorar-lhes a vida fora da MC… A Critical Mass tem que ter Critical Manners (sugiro leitura deste post). 😉

Bom, depois alguns de nós ainda seguiram juntos até à Praça do Município, onde se falou mais um pouco e alguns de nós gritaram umas palavras de ordem para o edifício da Câmara Municipal. 🙂

Massa Crítica de Novembro, em Lisboa

Foi mais uma oportunidade de ver a falar um bocadinho com o Mário, com o Miguel, com o Marcos, com o Hugo, entre outras pessoas novas. Antes, no caminho enquanto pedalávamos, falei brevemente com um rapaz acerca da minha opção de usar um espelho retrovisor, e com uma rapariga acerca das opções de luzes e de transporte de bagagem (cesto v.s alforges, essencialmente). Também tivemos oportunidade para falar com o Zé, um fellow Mobikyan, e que pela segunda vez consecutiva participava numa Bicicletada na sua Mobiky. 🙂

Massa Crítica de Novembro, em Lisboa

Talvez numa próxima MC sejamos 3 Mobikyanos. 😛

No final, seguimos de volta até à estação do Cais do Sodré. O Zé acompanhou-nos. 🙂

Massa Crítica de Novembro, em Lisboa

Depois ele apanhou o Metro e nós o comboio. Quando chegámos, vimos um homem que vinha a pedalar pela estação (o que é proibido, como é óbvio) e só parou junto à máquina dos bilhetes. Tipo drive-in. 🙂

Um ciclista a comprar o bilhete de comboio, by bike

Para participarmos na bicicletada de Lx, desta vez fomos de bicicleta até Paço de Arcos (uns 15 min), onde apanhámos o comboio por volta das 18h10 até ao Cais do Sodré. Depois fomos a pedalar até ao Marquês. O trânsito estava caótico, o que aliado ao estacionamento automóvel omnipresente e a má qualidade do piso nas vias, nos levou a optar por levar a bicicleta à mão em alguns troços, circular pela parte pedonalizada da Baixa e seguir pelas ilhas de passeio na Av. da Liberdade.

Aqui há uns meses, saindo de Porto Salvo às horas a que conseguimos sair, não poderíamos ter participado. Ou melhor, poderíamos tê-lo feito mas recorrendo ao carro e prescindindo do comboio – teríamos levado as bicicletas dobráveis no porta-bagagem do carro, deixando-o no Cais do Sodré e a) pedalando na mesma até ao Marquês ou b) apanhando o Metro até lá (porque já estávamos atrasados). Com a grande o Metro não é opção (bicicletas só depois das 20h30). E quando somos 2 o carro já fica mais barato que o comboio (4.80 € para 2 pessoas, ida e volta). Assim, é mesmo óptimo que a CP tenha passado a permitir o transporte (e gratuito!) de bicicletas nos seus comboios urbanos, mesmo que ainda com severas limitações a esse uso multimodal para quem vai trabalhar nas horas “convencionais”… Ganhou clientes!

Massa Crítica de Novembro, em Lisboa

Deu alternativas às pessoas, ajudou a tirar carros da estrada. 🙂 Falta só mais um bocadinho to go all the way

Mais fotos da MC no grupo no Flickr (espero que entretanto mais gente vá adicionando fotos!).

Vídeo da viagem:

A Bicicletada de Novembro em Portugal aconteceu em 5 cidades: Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro e Portimão (~40, 10, 2, 3 e 8 pessoas, respectivamente), num total de cerca de 60 pessoas.

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1 Response to Mais uma bicicletada

  1. Bruno Alexandre diz:
    Konqueror 3.5 SuSE Linux

    pareçe em copenhaga num domingo de neve quando há poucas bicicletas na rua, eheheheh…

    deviam de fazer mais vezes, quem sabe se não chegam a 1% daqui?

    a titulo estatístico, só na capital dinamarquesa existem cerca 2 milhões de habitantes, onde 1,5 milhões têm e andam de bicicleta 🙂

    beat that!

    😉

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