audiolib no hacklaviva no Porto

Amanhã será algo muito parecido com isto que se vai poder ouvir no evento audiolib a começar às 21h30 no hacklaviva:

Acordado Vivo

O Ricardo Lameiro vai mostrar como soa a conjugação do seu Fagote com o software Pure Data. (que será melhor do que o que eu vou fazer 😛 )

*snif* parece que o Ricardo não pode estar lá amanhã… Mas no sábado o Ricardo e o Rui vão lá estar à tarde à conversa. 🙂

azulinho

Domingo, 11 de Fevereiro às 14:37

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Curiosamente encontro sempre as mesmas duas ou três pessoas quando vou votar. Sempre que vou votar, seja para o que for, a que horas for. Weird… 😛

Infelizmente não estava muita gente, talvez ainda estivessem em casa a refastelarem-se do almoço. 🙂

Fiquei satisfeito por ver várias pessoas com crianças e bebés, eu já mudei de mesa de voto (só há duas, passei para a dos “mais velhos”), mas será que ficam por cá, viverão cá ou só votam cá? Havia bastantes crianças quando frequentei a escola primária, como estará agora? Tenho que programar uma visita para divulgar a utilização de software livre e aproveito para espreitar. 😉

Notei também nas pessoas que moram quase a 200m da mesa de voto e foram de carro. 😛

Piada também teve o facto de a senhora que presidia a mesa de voto me ter perguntado se tinha deixado a bicicleta na rua (deve ter-me visto a chegar, antes de a dobrar e entrar no recinto da escola primária), e de à saída, outra senhora com idade para não ter preconceitos (nevertheless mora mais perto da mesa de voto que eu e fiquei com a impressão que foi de carro) ter olhado para mim e para a minha Genius dobrada com uma cara de wtf que não percebi se era surpresa por ser algo pouco comum se era desdém por eu andar de bicicleta. 😀

O ensino sequencial morreu

O ensino escolar sequencial não funciona. Se funcionasse, a distribuição das notas seria muito mais positiva que negativa. Os alunos não estudam? Verdade. Não vão às aulas? Certo. Mas ai coloca-se a pergunta, porquê? Diria que não chega apontar o dedo aos alunos e cruzar os braços (com o dedinho esticado a sair de trás do braço, claro), se há problemas, então o sítio certo é a faculdade para os resolver! É (deveria ser) um núcleo de desenvolvimento a todos os níveis, e no entanto parece que se olha para o problema do insucesso e desinteresse com um certo desdém, um certo “eu fiz o curso, tu também devias fazer”, da camada docente, esquecendo talvez a radical mudança de paradigma social e pessoal que afecta a população jovem.

Os dias de hoje não são os dias de há 20 anos atrás. Nunca assim foi, certamente. A Internet é sem dúvida um agente de mudança sem comparativo. Se uma rádio ou uma televisão abriram horizontes a todo o mundo e a algum conhecimento, a Internet colocou o mundo dentro de casa e a quantidade de conhecimento é extraordinariamente superior! E isto provoca o quê? Information overload, como é óbvio!

É muito difícil saber para onde se virar, que fazer, que ler, que aprender. Os diversos interesses pessoais dão às pessoas pontos de partida, e isso permite ganhar fantásticas capacidades de pesquisa e análise de informação. Saber como pesquisar, o que pesquisar, como ler a informação e conjugá-la entre si. E isto leva-me para o cerne deste post, a aprendizagem sequencial morreu. A aprendizagem é aleatória. É necessário uma mudança de paradigma no ensino para acompanhar estas mudanças. Os jovens não são menos interessados, simplesmente não sabem como se interessar, e como usar as capacidades que referi para seu benefício pessoal e no contexto escolar para aprender. O papel docente deixa cada vez mais de ser exclusivo, o acesso a comunidades de especialistas, informação especializada, torna o docente redundante. Se ele não faz mais que debitar matéria, para nada serve.

E isto deveria ser uma conclusão a que já se devia ter chegado, cada ano lectivo em que não se aposta numa verdadeira mudança nos métodos de ensino é um ano lectivo de desperdício de muitos neurónios. Uma camada de gente pronta para aprender, disposta a isso (embora muitos não se considerem, ou sejam considerados nestas condições, desinteressados) e deita-se isso pela janela…

O docente é uma peça fundamental do ensino, é a ligação da ignorância ao conhecimento, mas já não pode funcionar como funciona agora. É como uma drive de disquetes na era dos DVD, obsoleto. É necessário actualizar os docentes! 😉 Pode ser que até sejam drives de CD que lá vão com uma actualização do firmware, ou então nem isso, mas esses casos perdidos podem sempre dedicar-se à investigação, ou mudar de profissão. 😛

O docente tem que ser um tutor, um guia, que ajuda a definir a matéria importante e necessária, que ajuda os alunos no caminho da informação relevante, que preenche as lacunas de informação que dificultam a ligação de matérias, que impede os alunos de se perderem no mar da informação, qual farol em noite escura! 😀