I was a Free Range Kid. 🙂 Safei-me à mania de prender os miúdos dentro de 4 paredes, de onde só saem para dentro de outras 4 paredes, fechados dentro de um carro. Foi uma conjugação de época, pais e local onde vivia. Tive espaço próprio, pude arriscar, aprender, testar. Tornei-me autónoma, desenrascada, responsável, organizada, cautelosa, curiosa. Desfrutei do imenso prazer de deambular por aí, de rua em rua, pelas casas e quintais de amigos e vizinhos, subi muitas árvores, pulei muitos muros, joguei às escondidas até à noite, conversei com amigos sentada no muro de minha casa, e no dos outros. Construí cabanas. Brinquei com carrinhos na terra. Corri pelo meio das ervas, nos campos. Andei de bicicleta por todo o lado. Partilhei com amigos descobertas, riscos, medos, aventuras, crises, problemas. Tudo na rua. Tudo sem câmaras de vigilância nem pais a controlarem-me via telemóvel nem guarda-costas.
Ontem e no dia anterior pedalei à chuva. I mean real rain. Heavy, downpouring rain. Durante o pior abriguei-me mas a bicicleta permaneceu à chuva. Ficou toda suja e os FreeLoaders encharcados (aquilo é feito para o clima da Califórnia, dude). A zwei também – é “impermeável” mas não ao nível de a podermos deixar dentro de água. 😛
Eu tinha apenas o meu casaco reflector impermeável e um boné. It worked fine, really. 🙂 E no segundo dia, curti mesmo bué pedalar à chuva, sentir as gotas de água no rosto, ultrapassar o receio e aquela cena de “ai que vou-me sujar/molhar/whatever”. A sério, fiquei surpreendida and hooked. É mesmo verdade, there’s no bad weather for cycling, only bad equipment. 😉 Só não arrisco num caso de chuva + vento fortes. Aí é desagradável e muito mais complicado. De resto, só tenho que preparar a bicicleta e o vestuário e calçado. E curtir bué depois! Eheheh! 😉
Desde 6ª-feira que têm sido uns dias mesmo fixes. 🙂 Sabem, quando as coisas correm bem, tudo se encaixa e encadeia fluidamente. Passar um bocado com novos amigos, aprender coisas novas, aprender a pensar nas coisas de outra forma, sair, conversar, andar de bicicleta, partilhar as coisas de que gostamos com outros,…
Sim, continuo overworked, mas se tudo correr razoavelmente bem, daqui a umas semanas tiro uns dias off. 😉
Hoje apanhei uma seca monumental dentro do carro para chegar ao Parque das Nações. 1h35 min desde entrar no carro até voltar a sair…
Há poucas coisas que me façam sentir tão estúpida quanto isto. Estúpida, bored, etc, etc. Devia ter saído mais cedo de casa, mas deitei-me mais tarde do que devia ontem e… enfim.
Fui a uma conferência sobre mobilidade empresarial (gestão da mobilidade para empresas) na Vodafone no PdN, mais um freebie que consegui “papar”. 😛 Um dos oradores falou via videoconferência a partir de Inglaterra. 🙂
Foi a primeira vez que presenciei uma cena destas. Muito fixe. 🙂 Embora a apresentação se torne mais monótona porque a pessoa está sentada a falar frente ao computador e tudo perde ritmo, expressividade… Mas correu bem e achei aquilo tecnicamente muito feasible.
Mas o melhor do dia foram mesmo aqueles quilómetros (não sei quantos, tirei o ciclocomputador há tempos e ainda não o recoloquei) entre o carro e o edifício da Vodafone. Talvez uns 3 km para lá, outros 3 no regresso.
Um sol esplendoroso às 10h15 da manhã, praí uns 25 ºC, e eu a pedalar a minha Mobiky, que já tinha saudades dela, não a tenho usado nas últimas semanas, talvez até meses, porque não se tem proporcionado. Aliás, há quase 2 semanas que não ando de bicicleta at all, nem com a outra. Na minha vida as rotinas não duram muito tempo ininterruptas. 😛 É assim, sou capaz de andar 15 km todos os dias durante 2 semanas e depois secar outras 2 semanas with my ass sitting behind a desk or behind a wheel.
Estou a precisar de férias. Não as tenho há meses e meses. Bolas, será mais de 1 ano, já? E nos últimos meses nem fins-de-semana nem feriados, nem nada. All work all day e mesmo assim ele nunca parece acabar. Nunca há um momento em que diga “epá, parece que fiz tudo o que tinha para fazer e agora posso descansar até surgir mais alguma coisa”. 😛 Neste momento estou envolvida em 3 empresas da família, todas em áreas diferentes: mobilidade, construção civil e restauração. lol, sou uma gaja multifacetada. 🙂 Bom, pelo menos é algo mais ou menos flexível, ainda me tem dado para assistir às minhas conferênciazitas e tal, algo que nunca aconteceria se estivesse a trabalhar noutra empresa. As coisas não andam fáceis, mas sempre andam. Às vezes penso que estaria melhor a trabalhar para outros, que isto de ser empresário por conta própria é uma escravatura e o meio português é muito hostil para os “pequenos”. Pelo menos é o que tenho aprendido com o dia-a-dia do meu pai…
Entretanto, lá vou perseverando em seguir muiiiiito lentamente os meus sonhos de “mudar o mundo” por terras lusas. Nesse aspecto, espero que aquilo que dizem dos Capricórnios seja verdade. 😉
O José Rodrigues dos Santos poupa água mas não recicla. Nada. É “muito complicado” e é o que as pessoas normais (não) fazem.
Reciclagem? Pois, isso não. Nem vidro, nem plástico, nem papel? Nada? «Não, não faço. Sou uma pessoa normal». Muitas pessoas normais reciclam. «A média do cidadão não recicla o lixo. É muito complicado. Um saco é azul, outro é não sei o quê, aquilo é uma confusão»
Estamos em 2008 e em Porto Salvo não há recolha porta-a-porta de reciclagem (nem do lixo normal, como há muitos outros locais, com contentores individuais para cada moradia ou prédio). Em Leceia aqui a 3 km continua a haver. Pelo menos teoricamente, pois umas semanas aparecem, noutras não, é conforme lhes apetece. Mas noutros locais do concelho o sistema porta-a-porta mantém-se. Ora, se eu pago os mesmo impostos que os outros, não deverei ter direito aos mesmos serviços e infrastruturas?… Será que só Barcarena e Porto Salvo foram negativamente discriminadas para este downgrade? Para quem não sabe, estas duas freguesias são os filhos bastardos do Isaltino Morais que faz questão de não fazer cá nada. Quando faz é servindo outros interesses externos…
Nunca percebi a displicência com que as pessoas admitem, orgulhosas até, por vezes, que não reciclam. Para mim é como dizer que não se dão ao trabalho de usar a casa-de-banho e mijam e cagam onde calhar, porque o WC é muito complicado ou dá muito trabalho. Epá, desculpem lá, mas é mesmo assim. Eu sou péssima na questão da poupança de água. Bom, péssima não, para o padrão das “pessoas normais”, mas péssima para o meu padrão, pelo menos. Se confontada com isso eu tenho é que admitir e ficar envergonhada, e não ostentar orgulhosamente a minha própria estupidez, má educação e falta de sentido cívico.
As pessoas não se preocupam com o tipo e quantidade de embalagens que adquirem e como se desfazem delas, com os seus gastos de energia eléctrica em casa, no trabalho, nos transportes…
Tenho a sensação que para a imensa maioria de “pessoas normais” em Portugal todos os dias são “Energy Wasting Day“2…
A propósito of all the fuss acerca da indisciplina e violência nas escolas despoletada pelo último incidente mediatizado, da miúda a medir forças com a professora por causa de um telemóvel, recomendo a leitura deste artigo. Não é o mesmo tema, mas tem subjacente as mesmas causas: crianças mal educadas, mal formadas, que se tornam adultos egocêntricos, tiranos, mimados, prepotentes, etc, etc.
Já este outro artigo é sobre a educação/ensino e trata de tentar responder à questão “porque é que os miúdos filandeses são tão espertos?”.
Entretanto estou muito lixada da vida porque perdi todas as minhas tabs do firefox depois de um upgrade menos suave. 🙁 Eram dezenas de cenas em stand-by. Damn it! Só não perdi estes links porque já os tinha num draft de post. Enfim, uma limpeza geral forçada. Mas já acumulei umas 10 tabs entretanto. Há hábitos difíceis de largar, ou pelo menos domar. 😛
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